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A dois meses de encerrar o ano, Programa Estadual de Transplante bate recorde de doações de 2013

Doação de número 225 é do jóquei Dalto Duarte. Família autorizou a captação de seus órgãos após confirmação de morte encefálica.

O Programa Estadual de Transplante (PET) caminha para bater, pela quarta vez, seu próprio recorde anual. Faltando apenas dois meses para o fim de 2014, o programa contabiliza 225 doações, mesmo número registrado durante todo o ano de 2013. A doação número 225 é a do jóquei Dalto Duarte, que teve sua morte encefálica confirmada na noite de terça-feira (4/11), após acidente com moto na rodovia Rio-Santos. A família autorizou o início do procedimento de captação em seguida. Serão doados coração, fígado, rins, ossos e córneas.

Até agora foram realizados 535 transplantes, sendo 380 de rim, 145 de fígado e 10 de coração.

Não só os números de doações estão em alta. O coordenador do PET, Rodrigo Sarlo, destaca ainda que, em meio à comoção familiar pela morte de um parente, tem havido melhora no comportamento das famílias, refletida no aumento das taxas de consentimento da doação de 51% para 57%.

– O grupo de Coordenação Familiar, criado há três anos, é o principal motivo da melhora desses números. Ele sofreu uma reforma no fim de 2013 e hoje atua 24 horas, participando diretamente do acolhimento das famílias. Esse grupo vem possibilitando maior aproximação e cuidado com as famílias, permitindo mostrar a elas o grande benefício deste ato altruísta – esclarece Rodrigo. Ele completa:

– A expectativa para 2014 é superarmos as 250 doações e os 600 transplantes. Mas a equipe do PET já está muito feliz com o resultado.

OPOs – No dia 23 de outubro foi inaugurada pelo Programa Estadual de Transplante a terceira Organização de Procura de Órgãos (OPO) no estado. As OPOs foram criadas com o intuito de descentralizar e aperfeiçoar o processo de doação de órgãos e tecidos, consolidando o trabalho do PET. Elas atuam em conjunto com as equipes já existentes, como o grupo de Terapia Intensiva e a Coordenação Familiar, por exemplo, responsáveis pelo suporte clínico aos potenciais doadores e às famílias, respectivamente. As notificações de órgãos continuarão a ser feitas ao PET através do Disque-Transplantes (155).

A OPO de Itaperuna atenderá 26 municípios das regiões dos Lagos, Norte e Noroeste fluminense. As duas primeiras já funcionam no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), bairro do Humaitá; e no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca; ambas na capital. Até o final do ano começa a funcionar a OPO de Petrópolis.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br