Atendimento domiciliar do Into completa 8 anos
Em oito anos de atuação, modalidade contabiliza 30 mil visitas e uma média mensal de atendimentos a 600 pacientes
O tratamento domiciliar assume um lugar cada vez mais significativo nos sistemas de cuidados à saúde. A Unidade de Atendimento Domiciliar (UDOMI) do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamill Haddad é referência neste serviço e atua desde 2004, no Rio de Janeiro. Em oito anos de trabalho, o número de visitas tem aumentado consideravelmente. Cerca de 30 mil visitas já foram realizadas e os registros contabilizam uma média mensal de atendimentos a 600 pacientes. A ação inclui um conjunto de atividades ambulatoriais – programadas e continuadas que se desenvolvem na casa do paciente. O trabalho realizado neste período tem como objetivo complementar o tratamento ortopédico iniciado na unidade hospitalar, oferecendo assistência especializada daqueles que sofrem, principalmente, com problemas de locomoção.
O objetivo do programa é proporcionar o atendimento no domicílio, favorecendo o convívio familiar. Em casos de pós-operatório, por exemplo, reduz-se o tempo de internação, o risco de infecção e os índices de depressão. “O processo de reabilitação no pós-operatório de ortopedia define o grau de resultado do ato cirúrgico, diminuindo o risco de deslocamento de próteses, novas fraturas e posições viciosas. Da mesma forma, os cuidados com curativos reduzem a incidência de infecção”, esclarece a coordenadora da área, Cláudia Mendes Araújo.
A equipe multidisciplinar é formada por fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogas, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. O grupo atende a todos os centros de especialidades ortopédicas do hospital. Embora qualquer paciente tenha direito ao atendimento domiciliar, Cláudia explica os critérios para seleção dos casos a serem atendidos: “Os escolhidos são aqueles com maior potencial de dependência, impossibilitados de se locomover”, ressalta. Em virtude da grande demanda após serem aplicados estes critérios, outras condições são consideradas prioritárias para a assistência domiciliar: pacientes com idade superior a 60 anos de idade em pós-operatório de cirurgias da coluna, artroplastias totais do quadril ou do joelho; além de portadores de traumatismo raquimedular, úlceras por pressão, infecção ou retardo no processo de cicatrização do local operado. “É importante lembrar que o paciente deve apresentar condições clínicas estáveis; não ser dependente de equipamentos para manter as funções vitais; ter em casa um familiar ou cuidador disposto a colaborar com o tratamento; morar nas regiões metropolitanas do estado do Rio de Janeiro; e receber encaminhamento formal do médico, com a solicitação de atendimento devidamente preenchida”, completa Cláudia.
O atendimento domiciliar traz benefícios aos usuários do SUS e, consequentemente, à Unidade Hospitalar. O paciente está em um ambiente humanizado, acolhedor e recebe os cuidados de profissionais capacitados para dar continuidade ao tratamento. A modalidade ainda proporciona a redução do período de permanência de pacientes internados, liberando mais leitos para outros usuários do SUS.
A Unidade de Atendimento Domiciliar atende aos requisitos da Lei nº 10424, de 15 de abril de 2002, que regulamenta a assistência domiciliar no Sistema Único de Saúde. As visitas são realizadas de segunda a sábado, no horário das 8h às 17h, e aos domingos, de acordo com as necessidades específicas de alguns pacientes, como curativos e medicações.
Produção Anual da Unidade de Atendimento Domiciliar
(três últimos anos)
|
2009
|
2010
|
2011
|
Nº de visitas domiciliares
|
5279
|
5848
|
6278
|
Pacientes atendidos
|
524
|
689
|
777
|
FONTE: INTO