Ato e passeata contra o fechamento do Hospital Orêncio de Freitas será nesta quinta, 15/09

A população usuária e os servidores têm realizado diversas manifestações contra o fechamento do hospital que fica no bairro do Barreto e assiste à população de toda Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Rio Bonito e muitos outros municípios. Segundo o secretário municipal de saúde, Euclides Bueno, a decisão de desativar o Hospital Orêncio de Freitas foi uma imposição do Ministério da Saúde, sob a alegação de que a unidade estava dando prejuízo. O ministério também não estaria disposto a investir na reforma do Orêncio. Ao invés disto, segundo Euclides, em reunião com o Sindsprev/RJ, no dia 3/8, seria intenção do MS bancar a construção de uma nova unidade no local onde funciona outro hospital, o Carlos Tortelli. Para Maria Ivone Suppo, diretora do Sindsprev/RJ, esta decisão não tem a mínima lógica, pois vai se gastar muito mais dinheiro construindo um novo hospital do que fazendo reformas e reequipando o Orêncio de Freitas.

Denúncia no MP

O Sindsprev/RJ entrará com denúncia junto ao Ministério Público Federal para que seja investigada a decisão do prefeito de desativar o hospital e de construir uma unidade nova no local onde funciona outro hospital, o Carlos Tortelli (antigo CPN). O Sindicato vai requerer, também, a realização de um levantamento sobre todo o processo de desmonte do Orêncio de Freitas e dos demais hospitais e postos de atendimento da rede de saúde municipal de Niterói, para que seja apontada a responsabilidade do prefeito, Jorge Roberto da Silveira neste processo, bem como os reais motivos que o levaram a sucatear estas unidades.

História estranha

“Achamos muito estranha toda esta história e vamos a Brasília cobrar explicações do Ministério da Saúde. Os hospitais públicos não foram feitos para dar lucro, não sendo este um motivo plausível para fechá-lo. Muitos menos dizer que vai se construir um outro, gastando ainda mais dinheiro, quando se reclama de custos altos com a unidade”, afirmou Ivone. “Queremos saber os motivos que se escondem por trás de uma decisão inconsistente como esta. Afinal, querem liberar dinheiro público para uma obra faraônica como esta, num ano pré-eleitoral. Queremos investigar esta história”, acrescentou o também diretor do Sindsprev/RJ, Charles dos Santos.

FONTE: SINDSPREV/RJ
http://www.sindsprevrj.org.br/