Azevedo Lima completa 70 anos com 65% de ampliação no atendimento e mais de 55 mil partos
Hospital comemora no Plenário da Alerj, com homenagem a funcionários da ativa e profissionais que dirigiram a única emergência aberta de Niterói
Com cerca de 350 mil atendimentos em geral realizados no primeiro semestre desse ano (quase 70% do total registrado em todo o ano de 2014) e ultrapassando a marca de 55 mil partos, o Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, completa 70 anos nesta terça-feira, dia 4. O aniversário da unidade – aberta em 1945 como sanatório, e em 1978 transformada em hospital geral com maternidade de alto risco – será lembrado em sessão solene no Palácio Tiradentes, no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), que começa às 18h30 com homenagens a quatro ex-diretores, à atual diretora Gisela Motta e a cinco funcionários com mais de 30 anos de dedicação à unidade, representando toda a comunidade hospitalar.
Sugerida pela deputada estadual Tânia Rodrigues (médica e fundadora da Associação Nacional de Deficientes Físicos, a Andef, em Niterói), a sessão solene contará com apresentação de dança de cadeiras de rodas do grupo Corpo em Movimento. O evento é o primeiro de outros três que acontecerão em agosto para marcar os 70 anos do Azevedo Lima, que tem 1.600 funcionários (entre eles, cerca de 500 estatutários) e é emergência aberta para a população da Região Metropolitana II, integrada por outros seis municípios: Maricá, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito e Silva Jardim.
Desde 1978 funcionando como hospital geral e maternidade, o Azevedo Lima oferece diversos serviços à população, como Cirurgia Geral, Neurocirurgia, Clínica Médica, Ortopedia, Trauma e Obstetrícia de baixo e alto risco. Há ainda serviços de Anestesiologia, Enfermagem, Radiologia e atendimentos de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, Terapia Ocupacional e Serviço Social, com um ambulatório para consultas de procedimentos cirúrgicos e outro para tratamento de pacientes com HIV. Os números vêm crescendo em diversos setores. Na Ortopedia, por exemplo, até junho de 2014 eram realizadas 30 cirurgias mensais (uma ao dia), sendo que no primeiro semestre desse ano, a média foi de 120 ao mês, evidenciando um aumento de 300%.
O crescimento é também identificado no comparativo das estatísticas de todos os 12 meses de 2014 com os seis primeiros meses de 2015. Há ampliação expressiva em vários procedimentos, como cirurgias eletivas (quase 400%), cirurgias de urgência (mais de 80%), atendimentos ambulatoriais (mais de 33%), exames de imagem (35%) e internações (quase 15%).
– Contratações em todas as áreas, cursos de capacitação e a chegada de novos equipamentos estão entre as ações trazidas com a gestão compartilhada iniciada em abril do ano passado, e que nos permitem ampliar consideravelmente o nosso atendimento. Começamos também a investir em frentes de melhorias, como a reforma da recepção e a reconstrução de rampas e calçadas – adianta a pediatra Gisela Motta, que chegou ao Azevedo Lima em agosto do ano passado, e desde fevereiro é a diretora geral do hospital.
História – Inaugurado no dia 4 de agosto de 1945 como sanatório para tratar doentes com tuberculose, o Hospital Estadual Azevedo Lima leva o sobrenome do tisiologista José Jerônimo de Azevedo Lima, um dos principais nomes na luta contra a lepra e a tuberculose no Brasil, em campanhas que resultaram em frentes para o tratamento da doença. Um exemplo é a área doada pelo médico Azevedo Lima, que morreu em 1920, bem antes da inauguração do hospital. Depois de 25 anos funcionando como sanatório, o Azevedo foi desativado em 1970, sendo reinaugurado em 1978 como hospital geral, com emergência e maternidade.
Mais dez anos depois e o hospital foi parcialmente fechado, mantendo em funcionamento apenas a maternidade, mas em estado precário, até ser reformada e reaberta em 1991, com a média de 40 partos por mês. Em 1995, o hospital passou por nova obra, mas teve apenas três dos seus oito pisos reformados. Foi a última obra no Azevedo, que ficou sem reformas até ano passado, quando obras estruturais foram retomadas, trazendo melhorias como oito enfermarias totalmente novas e ambiente climatizado, que colaboraram para o hospital ser reconhecido no ano passado com o Prêmio Qualidade Rio, o PQRio.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br