Câmara da Saúde discute integração público-privado
Encontro, realizado em Porto Alegre, também debate a importância entre os setores de saúde e segurança durante os jogos do mundial em 2014
A sétima reunião da Câmara Temática da Saúde para a Copa do Mundo Fifa de 2014 reuniu representantes de diversos setores da saúde e segurança estaduais e municipais para dar continuidade ao planejamento das ações de saúde e segurança para a Copa 2014. Pela primeira vez, a Câmara da Saúde tratou sobre a integração de serviços públicos e privados durante os jogos.
O assessor técnico da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, José Carlos de Moraes, destacou a importância dessa reunião que abordou a ligação do planejamento da segurança e da saúde em todo o evento. “A Câmara Técnica tem o objetivo de estruturar a forma de organização dessa rede público-privada pensando em legados que possam ser preservados depois do evento”, explicou José Carlos.
Ainda de acordo com o representante do Ministério da Saúde, o planejamento precisa ser bem elaborado para que a população possa usufruir do resultado após a Copa do Mundo. “O ministério não disponibilizará de recursos específicos para a organização da copa do mundo. Esses investimentos realizados nas sedes e subsedes vão garantir no futuro uma melhora na organização do serviço e como resultado um melhor atendimento a população que reside nos locais da sede”, contou.
NOVIDADE – A sétima reunião deu início ao processo de integração, que traz agentes da área de segurança do governo e do comitê organizador da Copa do Mundo. Além disso, o encontro reuniu representantes da rede de prestadores de serviços, rede de hospitais privados, agência reguladora e operadora de planos de saúde.
Para José Carlos, o sistema integrado será importante já que o País receberá um número grande de turistas durante o evento. “Precisamos estar organizados, pois, teremos que atender a população residente normalmente, por meio do SUS, e ainda atender um conjunto de turistas brasileiros e de outros países. Essa integração permite organizar, do ponto de vista da segurança, ações necessárias para garantir a integridade das pessoas e também na necessidade do serviço de saúde, unindo os serviços público e privado para atender a necessidade das pessoas”.
De acordo com a representante da Unimed, Luciana Souza da Silveira, essa nova fase de reuniões mostram que é importante pensar elaboração de planos integrados que favoreçam uma melhor atenção na saúde durante a Copa. “É importante o diálogo entre o setor público e o privado para fazermos uma boa Copa. Com certeza os hospitais terão um papel estratégico para a organização do evento”, disse.
SEGURANÇA – Para o gerente geral de Segurança do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, Hilário Medeiros, saúde e segurança precisam estar alinhados em algumas ações durante o evento. Para ele, além de adequar as instalações de monitoramento e trabalhar a segurança pública e privada, uma Copa do Mundo requer um planejamento mais detalhado. “Além dos estádios, teremos os Fan Fests, que recebem um número muito grande de pessoas. Por isso temos que trabalhar planos contingenciais e de emergências, onde precisamos de locais para posicionamento de ambulâncias, por exemplo”, explicou o gerente.
CÂMARA DA SAÚDE – A Câmara Temática da Saúde é coordenada pelo Ministério da Saúde, que faz a interlocução com as 12 cidades e os estados onde serão realizados os jogos: Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Entre os objetivos da Câmara, estão o de coordenar o planejamento de ações nacionais na área da saúde, estabelecendo diretrizes gerais e metas, ações estratégicas articulando e apoiando essas ações com os municípios-sedes.