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Campanha de vacinação contra poliomielite imunizou até agora 68% das crianças no RJ

A meta é garantir cobertura a quase 900 mil crianças com menos de 5 anos em todo estado

VACINA~1A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite vai até dia 21 de junho e, de acordo com dados preliminares enviados pelos municípios do estado, pouco mais de 639 mil crianças já foram imunizadas no Rio de Janeiro, o que corresponde a 68% do público-alvo. A meta de 2013 é imunizar 95% da população dentro da faixa etária alvo da campanha, o que corresponde a 12,2 milhões de crianças no país e 890 mil no estado do Rio de Janeiro. A campanha acontece em 1.950 postos de vacinação por todo o estado.

– A poliomielite está erradicada no país, no entanto, todos os esforços devem ser feitos para evitar que o vírus volte a circular entre a população. A vacina contra a poliomielite é segura e eficaz. Portanto, é recomendado que os pais levem as crianças para se vacinarem. – afirma o Superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.

Na campanha, as crianças vão receber a vacina oral (VOP), as famosas gotinhas. É importante que os pais apresentem a caderneta de vacinação nos postos para que o profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal da criança, já que a imunização contra a pólio acontece em várias etapas ao longo da vida da criança: aos 2 e aos 4 meses, ela é imunizada com a vacina inativada poliomielite (VIP, injetável); aos 6 meses (3ª dose) e aos 15 meses (reforço), ela recebe a vacina oral (VOP).

Vacinação por faixa etária – Nenhum grupo atingiu a meta de 95% no Rio de Janeiro até este momento, sendo os bebês com menos de 1 ano de idade os mais cobertos pela imunização: 74,6% até esta segunda-feira (17). Já a faixa etária de menor cobertura está nas crianças com até 1 ano: 60,4%.

O Centro Sul Fluminense é a região que tem até o momento o maior percentual de crianças vacinadas contra a polio: 81,6%; seguido pela Baixada Litorânea (72,6%), Grande Rio (71,6%), Serrana (65,7%) e Noroeste (60,6%). A Região Norte do estado é a de menor cobertura: 53,8%.

Vacina – A vacina contra a pólio é segura. Ela se destina a todas as crianças menores de cinco anos, mesmo as que estejam com tosse,gripe, coriza, rinite ou diarreia. No caso de crianças que sofrem de doenças graves, recomenda-se que os pais consultem profissionais nos postos e centros de saúde, para serem avaliadas se devem ou não tomar a vacina. Crianças com febre acima de 38º Celsius, ou com alguma infecção também devem ser avaliadas por um médico.

Prevenção – Não existe tratamento para a pólio e, somente a prevenção por meio da vacina, garante a imunidade à doença. O Brasil está livre da poliomielite há mais de 20 anos. O último caso no país foi registrado em 1989, na Paraíba. Em 1994, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de eliminação da doença. E é apenas por meio da vacinação que se pode garantir que o vírus não volte a circular em território nacional.

Apesar de não haver registro de casos de pólio há 23 anos no Brasil, é importante manter campanhas de vacinação anuais porque o poliovírus, causador da enfermidade, pode ser reintroduzido no país. Isso porque, o vírus ainda circula no mundo. Entre 2007 e 2012, 35 países registraram casos de poliomielite, sendo que três ainda são considerados endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

A doença – A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa viral aguda que atinge, principalmente, crianças de até 5 anos. É transmitida pelo poliovírus, que entra pela boca. Ele é carregado pelas fezes e gotículas expelidas durante a fala, tosse ou espirro da pessoa contaminada. Falta de higiene e de saneamento na moradia, além da concentração de muitas crianças em um mesmo local, favorecem a transmissão.

O período de incubação (tempo que demora entre o contágio e o desenvolvimento da doença) é, geralmente, de 7 a 12 dias, podendo variar de 2 a 30 dias. A transmissão também pode ocorrer durante o período de incubação. O poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí, espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas. Em outros casos, pode até matar, quando o vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br