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Centro Estadual de Trauma do Idoso chega à marca de 500 cirurgias

Inaugurada há seis meses, unidade é especializada no atendimento de pacientes acima de 60 anos

CETI - alta hospitalar de idosos (38)(1)O Centro Estadual de Trauma do Idoso (Ceti) acaba de chegar à marca de 500 cirurgias realizadas. A unidade, inaugurada há seis meses no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca, está preparada para atender pacientes acima de 60 anos com quadro de fratura de fêmur proximal.

Aos 84 anos, Rosa Costa sofreu uma queda em casa ao tentar levantar do sofá. Levada para o Hospital Albert Schweitzer, ela foi transferida para o Ceti quando a necessidade de cirurgia foi detectada e se tornou a 500ª paciente da unidade. A idosa teve alta ontem.

“Minha mãe quebrou o fêmur e precisou operar em dois lugares. Adoramos a unidade – afirmou Aparecida da Costa, 57 anos, filha de Rosa. Hoje, será a vez de Edwiges Rodrigues, de 85 anos, passar pela cirurgia. “As pessoas aqui nos tratam muito bem, dão carinho”, disse Edwiges.

O Centro de Trauma tem capacidade para realizar cinco procedimentos por dia, chegando a 150 por mês. Cirurgião da equipe de ortopedia, Leandro Lemgruber disse que a meta é atender os idosos rapidamente. “Nosso objetivo é que a operação seja feita até 48 horas depois da internação”, explicou Lemgruber.

6 meses de história – O Centro começou a funcionar em outubro de 2012 recebendo pacientes referenciados de outros hospitais estaduais e do Hospital da Posse, em Nova Iguaçu. As cirurgias são realizadas em até 48 horas, o chamado tempo de ouro para o sucesso de todo processo. A ideia é estender progressivamente para outras unidades de emergência da rede pública, abrangendo a capital e a Região Metropolitana. O protocolo para este atendimento referenciado foi criado para ser seguido com rigor e, assim, garantir o sucesso das cirurgias e recuperação do paciente. Para isso, o serviço contará com quatro ambulâncias exclusivas para fazer essa remoção rápida entre os hospitais. A intenção é diminuir o tempo médio de internação dos atuais 10 dias para quatro dias.

– A criação Centro Estadual de Referência do Trauma do Idoso representa um avanço para o estado. Este projeto inédito tem o objetivo de oferecer o melhor tratamento possível à população da terceira idade que cresce no mundo todo e demanda cuidados especiais. O Rio tem hoje a segunda população mais idosa do país, com 13% das pessoas com mais de 60 anos e a diminuição do tempo de realização da cirurgia para até 48 horas após o paciente dar entrada na unidade de saúde e do tempo de internação reduzem muito o risco de complicações e sequelas – explica o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes.

Primeira paciente – Dona Therezinha Zoellner, de 81 anos, foi a primeira paciente a ser operada no Centro de Trauma. Após sofrer uma queda em casa, ela foi referenciada no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e encaminhada ao CETI. Na mesma data, o serviço operou a paciente Cleonice Pereira, de 81 anos, que também levou um tombo em casa, dando um susto na família. Ela esperou menos de uma semana pela cirurgia.

– Estou bem melhor, graças a Deus. Consegui operar aqui e fiquei muito feliz. Estou sendo muito bem atendida – disse, na época da cirurgia.

Acompanhamento pós-cirúrgico – Os pacientes operados no Centro de Trauma do Idoso terão dois destinos após a cirurgia: a alta médica ou a continuidade de recuperação em outra unidade. Os pacientes que estiverem aptos a receber alta no prazo definido pelo protocolo, serão posteriormente acompanhados por equipe multidisciplinar em consultas de retorno no próprio CTI até a alta ambulatorial. A Secretaria de Estado de Saúde já está estudando a possibilidade de, numa segunda fase do projeto, oferecer home care aos pacientes que necessitarem.

Já os pacientes que não puderem receber alta após a cirurgia, serão transferidos para continuidade de tratamento no Hospital Estadual Eduardo Rabello, em Campo Grande, referência no estado no tratamento de médio prazo em idosos.

Referência científica – Pesquisas internacionais indicam que a partir de 50 anos o risco de fratura dobra a cada cinco anos; 50% das mulheres sofrerão fratura de quadril aos 90 anos de idade. Sem intervenção cirúrgica em até 48h, 50% dos pacientes idosos vítimas de trauma precisam usar muletas e 23% morrem em até 12 meses.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro

http://www.saude.rj.gov.br