Chuvas: Secretaria de Saúde alerta para o risco de aumento da infestação do Aedes aegypti
Preocupação também com os casos de leptospirose, doença que pode ser contraída após o contato com as enchentes
Com as chuvas fortes que atingiram o estado nos últimos dias, a população deve ficar em alerta para não permitir que a água se acumule em alguns pontos e possa se transformar em criadouro para o mosquito Aedes aegypti. O tempo quente e chuvoso é propício para a proliferação do mosquito, que transmite dengue, zika e chikungunya. Os ovos do Aedes podem se conservar por mais de um ano e, em contato com a água, precisam de menos de uma hora para se transformarem em larvas do mosquito. Por isso, é muito importante, após a chuva, verificar se não existem vasilhas expostas que possam acumular água. As calhas de escoamento e os coletores de águas pluviais também devem estar limpos.
Outras ações que devem ser adotadas são verificar se o lixo foi colocado em sacos plásticos fechados e checar se os pratinhos dos vasos de plantas estão cheios de areia. As ações de combate aos locais que acumulam água parada levam menos de dez minutos e devem ser repetidas semanalmente.
Nas regiões onde aconteceram enchentes, os moradores e os profissionais de saúde devem ter atenção redobrada aos sintomas da leptospirose. Transmitida na grande maioria das vezes pela urina de ratos, a doença costuma ter alta ocorrência quando as pessoas começam a limpar suas casas e têm contato com a água e a lama contaminada. O tratamento precoce é fundamental para evitar os casos mais graves da doença.
O que é a leptospirose – É uma doença infecciosa, causada por uma bactéria presente na urina do rato. Os primeiros sintomas surgem entre uma e duas semanas após o contato com a água contaminada, mas podem levar até 30 dias para aparecer. Os mais frequentes são febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, principalmente na batata da perna. Todo paciente com leptospirose precisa de acompanhamento médico e, quando ocorre a suspeita, a pessoa deve procurar um serviço de saúde. Não há vacina contra a doença, e o tratamento é feito com antibióticos. Para desinfetar sua casa e seus objetos, deve ser usada uma mistura de quatro xícaras de café de água sanitária para cada 20 litros de água. Mas atenção: os moradores devem esperar baixar a água para lavar e desinfetar chão, paredes, objetos caseiros e roupas atingidas, além da caixa d´água. Depois, tudo deve ser enxaguado com água limpa. Todo alimento que teve contato com água contaminada deve ser jogado fora, pois pode transmitir doenças. Caso seja necessário voltar à área atingida pelas chuvas, a pessoa deve usar botas e luvas como proteção. Uma solução alternativa é amarrar dois sacos plásticos em cada mão e pé.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br