Com recursos do Ministério da Saúde, novo serviço de radioterapia em Recife zera fila de espera para pacientes com câncer
Mais de R$ 9,6 milhões foram investidos no novo espaço, pelo Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (PERSUS)
Uma referência de orientação, de acolhimento e, principalmente, de responsabilidade”, foi assim que a enfermeira Walkiria Katiane definiu o seu tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS) após descobrir um câncer de mama aos 37 anos. O diagnóstico a levou a buscar ajuda no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), em Recife (PE), instituição que ganhou, em 2021, um novo serviço de radioterapia pago integralmente pelo Ministério da Saúde para ampliar e dar mais rapidez aos atendimentos de pacientes oncológicos.
“Eu descobri o câncer muito precoce na minha vida. Para mim, foi desesperador no momento, e eu sei que o IMIP é um dos locais que é referência para tratamento do câncer. Quando eu cheguei no serviço de radioterapia fui muito bem orientada pelos profissionais, fui acolhida por todo mundo”, contou Walkiria.
Imagem Folheados
O espaço foi oficialmente inaugurado nesta segunda-feira (2/8) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que ressaltou a importância da ampliação do serviço para melhorar a assistência à saúde aos pernambucanos.
“O importante é que, hoje, a população vai ter acesso a um serviço da mais alta qualidade. Não é só equipamento, é qualidade na assistência, é o compromisso que cada um dos profissionais de saúde tem em atender bem os pacientes de Recife, Pernambuco e do Brasil”, disse Queiroga.
FILA ZERADA
O IMIP recebe pacientes não só de Pernambuco, mas também de toda a região Nordeste – só na radiologia, são quase 100 sessões por dia. Com os R$ 9,6 milhões investidos pelo Governo Federal, agora a instituição possui dois serviços de radiologia: o mais recente foi instalado em um novo e espaçoso prédio, inaugurado em maio. O local possui também um equipamento mais moderno (chamado de acelerador linear), que foi doado pelo Ministério da Saúde e permite o tratamento de tumores com mais segurança.
“Nós tínhamos uma fila de mais ou menos três meses para o paciente chegar no nosso serviço e começar o seu tratamento. Essa nova máquina veio trazer um sonho. Todo mundo que faz oncologia e radioterapia no país almeja isso: diminuir ou acabar com a fila de radioterapia. E, hoje, essa máquina vem para resolver isso. Não temos mais filas na radioterapia”, comemorou a médica Ana Luiza Faccizoli, coordenadora do serviço de radioterapia do IMIP.
A ampliação foi possível através do Plano de Expansão da Radioterapia no Sistema Único de Saúde (PERSUS), que, desde 2012, expande, atualiza e melhora a prestação do serviço de radioterapia em unidades hospitalares habilitadas.
CUIDADO E ESPERANÇA
Um dos primeiros pacientes do novo serviço foi Natanael Sebastião dos Santos. Aos 60 anos e morador de Jaboatão dos Guararapes (PE), ele descobriu um câncer de próstata em 2020 e, após a cirurgia, foi orientado a fazer o tratamento com radioterapia.
“O serviço é excelente, excepcional. O IMIP é referência para o Nordeste e é uma instituição que merece todo o crédito possível, assim como o ministério e também a população em geral”, disse Natanael.
A mesma impressão teve Reginaldo Dionísio da Silva, de 67 anos, morador de Carpina (PE). Também com diagnóstico de câncer de próstata, o agricultor começou o tratamento com radioterapia ainda no espaço antigo do hospital. “O atendimento aqui é ótimo, para todo mundo, não só para mim. Eu comecei o tratamento no outro prédio e agora estou aqui fazendo nesse prédio novo. Estou me tratando e estou muito bem aqui”, falou.
Esses rostos e essas histórias já são frequentes na rotina da médica Ana Luiza Faccizoli, que conta que sua maior gratificação é saber que o tratamento dado pelo SUS é de qualidade. “Em qualquer momento, quando a gente vê que aquele paciente sai melhor do que ele entra, a gente fica muito feliz”, concluiu.
“A expectativa é de que as pessoas venham, consigam o atendimento e saiam daqui com esperança, com perspectiva de vida, como eu senti isso”, concluiu a enfermeira Walkiria, que segue em tratamento contra o câncer, agora com sessões de quimioterapia.
O IMIP é considerado o maior hospital filantrópico 100% SUS do Brasil, prestando atendimento e cuidados em saúde à população carente em diversas especialidades. Ele está localizado em um complexo hospitalar com 10 prédios e contém mais de 1,1 mil leitos – em 2021, o Ministério da Saúde autorizou 40 leitos exclusivos para tratamento de pacientes com Covid-19 no local.
FONTE: Ministério da Saúde
http://portalms.saude.gov.br