Depressão e câncer: Saiba como enfrentar as doenças e cuidar dos pacientes
Considerado por muitos como o mal do século XXI, ao lado da depressão, o câncer ganha atenção especial nesta quarta-feira (08). O Dia Mundial de Combate ao Câncer é uma das principais datas voltadas para alertar a população sobre as complicações da doença.
Entretanto, em apenas um dia, é difícil traduzir o sofrimento enraizado no cotidiano de milhares de pessoas. A partir dessa angústia, são vários os pacientes que entram em quadro depressivo e agravam ainda mais a recuperação.
Diante do exposto, os profissionais das técnicas radiológicas têm papel importantíssimo no tratamento desses pacientes. A radioterapia, por exemplo, consiste em quebrar o núcleo da célula doente por meio de radiações ionizantes. Além disso, é utilizada para desinflamar tecidos em situações de doença benigna, eliminar certos tipos de artrite e impedir o crescimento anormal de tecidos (como o caso de quelóide).
Contudo, em casos que envolvem depressão, o profissional das técnicas radiológicas acaba por fazer parte de um envolvimento ainda maior com o paciente, conforme explica a radioterapeuta Ana Paula Galerani. “O fato de estar em contato diariamente com eles faz do Técnico/Tecnólogo um confidente desses pacientes. Acabamos sabendo sobre seus familiares, problemas, angústias e alegrias. Muitas vezes somos um dos principais personagens na vida dessas pessoas”, explica.
Ana Paula Galerani trabalha com radioterapia no Hospital Angelina Caron, em Curitiba (PR). Segundo ela, diariamente a equipe se depara com pessoas que estão em algum estágio de enfrentamento emocional e comportamental da sua doença e que, em muitos casos, a depressão é subestimada. “Não podemos evitar que os pacientes passem pelo processo emocional e físico do diagnóstico e tratamento do câncer, mas podemos tentar diminuir o sofrimento alheio. O papel do profissional da saúde é descobrir o que está ao seu alcance para auxiliar nesse enfrentamento, de forma a amenizar o sofrimento. O amor é um excelente remédio”, conclui.
Tratamentos radioterápicos
A radioterapia consiste em quebrar o núcleo da célula doente por meio de radiações ionizantes. Feito isso, a proliferação da patologia é interrompida, enquanto as células saudáveis que foram destruídas no processo voltam a se regenerar. A radiação desse procedimento, inclusive, acaba por ser bem maior do que a utilizada em escâneres de raios X em aeroportos, estádios e presídios.
Portanto, é de suma importância a preparação adequada dos profissionais para a atividade, bem como a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), constantemente citados na Portaria ANVISA nº 453/98, na Lei n.º 7.394/85 e no Decreto n.º 92.790/86, que regulamentam o exercício dos profissionais das técnicas radiológicas.
O “volume do alvo cancerígeno” é especificado pelo radioterapeuta e inclui o conhecimento do tumor e as possíveis margens de erro externas. Além disso, o radioterapeuta especifica os cuidados com alguns órgãos de risco como espinha dorsal, rins, olhos, pulmão e intestino.
Saiba mais:
> A depressão clínica é muito maior entre os pacientes com câncer do que na população em geral. Enquanto em todo o mundo, cerca de 2% das pessoas sofrem com a doença mental, o número de casos sobre para 13% entre os com câncer de pulmão, e 6% em pessoas com câncer geniturinário. Confira o estudo detalhado aqui (inglês).
> Junto a radioterapia, as formas de tratamento mais utilizadas no país são a cirurgia e a quimioterapia. Além delas, existem outros métodos não convencionais como hormonioterapia, terapia alvo, terapia oral e várias outras. Confira aqui.
FONTE: CONTER
http://www.conter.gov.br