Dia Mundial de Combate à Tuberculose serve de alerta para a alta incidência da doença e necessidade de tratamento continuado
Secretaria de Estado de Saúde desenvolve um plano estratégico de enfrentamento da tuberculose, com ações que envolvem desde a linha de cuidado até a prevenção
Hoje, 24 de março, Dia Mundial de Combate à Tuberculose é uma oportunidade para divulgar informações e alertar à população sobre a gravidade da doença, já que o Brasil está entre os países com maior número de casos no mundo, em 17º lugar, e 71 mil casos notificados e incidência de 37,1/100.000 habitantes em 2011. O estado do Rio de Janeiro, notificou no mesmo ano 14.756 casos de tuberculose, com uma incidência de 72,3/100.000 habitantes. Uma das explicações para esses dados é a grande concentração da população em áreas urbanas e a elevada densidade demográfica, mas a desinformação sobre os sintomas e o processo de cura da tuberculose ainda é um grande desafio no combate à doença. A Secretaria de Estado de Saúde (SES), em parceria com os municípios, está finalizando um plano estratégico de enfrentamento da tuberculose, com ações que envolvem a linha de cuidado, o tratamento, a prevenção e os benefícios sociais que os pacientes têm direito.
Com a finalização do plano, que deve acontecer em maio, a SES e os municípios vão intensificar o trabalho voltado aos pacientes com tuberculose. Entre as ações que serão adotadas estão a ampliação dos locais de atendimentos, a capacitação dos profissionais de saúde, o monitoramento do paciente até o fim do tratamento, que dura seis meses, e tem alto índice de abandono.
Outra estratégia é a implementação voluntária, em 26 municípios do estado, do Projeto de Consultórios de Rua, que visa atender, diagnosticar e medicar pessoas com diversos agravos, entre eles a tuberculose, doença muito frequente nesta população. A ação é coordenada pela Secretaria de Estado de Saúde, por meio da superintendência de Atenção Básica, com apoio da gerência de Pneumologia Sanitária, para controle da tuberculose. Nos dias 26 e 27 de março, a SES, em parceria com a Rede de Pesquisadores em Tuberculose (Rede TB), promovem o Seminário “Tuberculose e a Rua”, que reunirá cerca de 70 técnicos dos municípios selecionados, para receber informações sobre o perfil desta população e discutir os diversos aspectos da abordagem e assistência.
Nos municípios que aderirem ao projeto, os profissionais irão até os locais onde se concentram os moradores de rua e a gestão dos consultórios será de responsabilidade dos municípios. Como o tratamento da tuberculose tem duração de seis meses, a ideia é criar uma rede de dados para monitorar a evolução dos pacientes, levando em conta a possibilidade de deslocamento deles. Os profissionais capacitados também poderão atender os pacientes nos postos de saúde.
Os municípios que serão capacitados são Angra dos Reis, Araruama, Barra Mansa, Cabo Frio, Itaboraí, Itaguaí, Macaé, Magé, Mesquita, Maricá, Nilópolis, Nova Friburgo, Queimados, Petrópolis, Resende, Rio das Ostras, Teresópolis, Volta Redonda, B.Roxo, Campos dos Goytacazes, Niterói, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, São Gonçalo e São João de Meriti.
Tuberculose – É uma doença infectocontagiosa, causada pelo bacilo de Koch e que afeta principalmente os pulmões, podendo também ocorrer em outros órgãos como ossos, rins e meninges, membrana que protege o sistema nervoso central. A transmissão é feita via respiratória e está ligada às baixas condições de vida, particularmente, à moradia em locais sem ventilação adequada e sem exposição ao sol.
Os sintomas são tosse por mais de três semanas, febre, suores noturnos, falta de apetite, emagrecimento e cansaço. Deve-se buscar fazer o diagnóstico o mais rápido possível e iniciar logo o tratamento, pois após 15 dias sendo medicado o paciente para de transmitir a doença, diminuindo o número de pessoas que se infectam, bem como o número de doentes.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro