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Doenças de inverno podem ser evitadas com boas práticas de higiene

Em 2012, durante a estação mais fria, aumentou 44% a quantidade de internações hospitalares por pneumonia entre idosos em relação ao verão do mesmo ano

Febre, coriza, tosse, dor no corpo. Quem nunca sentiu os sintomas das chamadas doenças de inverno? Nessa época em que as temperaturas já começam a cair, para não sucumbir a gripes, alergias respiratórias e até a males mais graves é preciso redobrar a atenção para a prática de gestos simples de higiene, mas que podem fazer toda a diferença. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, entre as enfermidades mais comuns nesta época do ano, encontram-se gripes, alergias respiratórias — como asma, pneumonia e bronquite — e também a meningite bacteriana, uma das mais preocupantes doenças de inverno.

O superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe, explica que a população deve ficar atenta às regras de higiene. Cobrir a boca com as mãos ao espirrar e lavá-las com mais frequência são duas práticas ao alcance de todos e que evitam a contaminação por micro-organismos. Esses seres invisíveis aos nossos olhos sobrevivem por mais tempo no clima frio. As chances de contágio ainda aumentam porque as pessoas tendem a ficar em ambientes fechados. De acordo com Chieppe, em algumas situações até uma gripe leve pode se agravar.

— A preocupação é sempre maior com crianças, pessoas com mais de 60 anos ou que apresentam alguma comorbidade, como obesidade, hipertensão, ou doenças obstrutivas pulmonares, por exemplo. Essas pessoas têm mais chances de apresentar complicações decorrentes de seu quadro clínico — diz ele.

Só para ter uma ideia, durante o inverno do ano passado, foi registrado um aumento de 44,13% nos casos de internações hospitalares por pneumonia na faixa etária dos 60 a mais de 80 anos, em relação ao verão do mesmo ano. Segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, em 2012, os meses de janeiro, fevereiro e março acumularam 2.053 casos; já os meses de julho, agosto e setembro, foram 2.959 internações entre os idosos.

Outra preocupação dos profissionais de saúde no inverno se refere às meningites, uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, que se deve às causas infecciosas, como bactérias, vírus e fungos. O quadro clínico clássico da doença inclui febre alta de início abrupto, dor de cabeça intensa e contínua, vômitos, náuseas e rigidez de nuca. A meningite do tipo meningocócica — provocada por uma bactéria — é uma das mais comuns, inclusive no inverno. Até 1º de julho de 2013, foram registrados 132 casos de doença meningocócica em todo o estado do Rio de Janeiro.

— Em caso de febre, vômitos e dor de cabeça, é preciso procurar uma unidade de saúde rapidamente para evitar complicações da doença — alerta Chieppe.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br