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Exame permite o diagnóstico precoce do câncer de mama e salva a vida de milhares de mulheres

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são previstos 59,7 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2018, sendo o que mais atinge pessoas do sexo feminino no país. Quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico da doença, maiores são as chances de cura. Além do autoexame, no qual a mulher apalpa os próprios seios para detectar caroços na região, a mamografia se mostra fundamental para a descoberta de qualquer alteração benigna ou maligna no órgão antes mesmo da paciente conseguir sentir algo no toque.

O procedimento consiste em uma radiografia das mamas através da emissão de raios X. A duração é de cerca de 6 minutos e o exame pode gerar certo desconforto na mulher por causa da compressão que o mamógrafo faz nos seios, por isso a não recomendação de fazê-lo nos períodos pré-menstrual e menstrual devido ao aumento da sensibilidade na região. “O papel do técnico em radiologia é fundamental, pois sem ele o médico não conseguiria fazer um diagnóstico preciso”, declara Nancy de Oliveira Costa, atuante na área há 34 anos.

A paraibana conta que o bom profissional da mamografia deve fazer um curso de formação complementar às aulas da graduação ou do curso técnico, principalmente para aprender a posicionar corretamente a mama na máquina. Apesar da controvérsia a respeito de a necessidade da paciente usar proteção contra os raios X, Nancy sempre orienta as mulheres a usá-los: “Toda e qualquer radiação modifica as células. Algumas se regeneram, outras não. Por isso peço que usem sim o protetor de tireoide”, afirma a técnica, que se apoia na Portaria n.º 453/98, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para estabelecer a obrigação de oferecer proteção radiológica para clientes e acompanhantes.


Já outra veterana da mamografia não acredita na necessidade do uso de proteção da tireoide. Aimar Lopes atua na área desde 1986 e explica que a engenharia do mamógrafo permite que a radiação seja mais direcionada à mama, escapando muito pouco para o pescoço ou para o tórax. “Além disso, alguns protetores, por terem um tamanho maior, podem invadir o espaço da mama e alterar os resultados do exame dando falso negativo”, completa a técnica, que considera indispensável o uso desses recursos apenas quando não houver riscos de modificações nos diagnósticos.

Sobre o momento ideal para que a mulher faça o exame da mama, Aimar aconselha que seja feito entre o quinto e décimo dia do ciclo menstrual (começando a contar do início da menstruação), pois é o período que proporciona a visão do tecido mamário sem alterações ocasionadas pelos hormônios da paciente. O uso de desodorantes, principalmente os antitranspirantes, e talco nas axilas é contraindicado por poderem acusar falsas calcificações nos seios. Cremes e pomadas, além de dificultarem o posicionamento da mama na máquina, também podem conter metal nas composições, o que pode atrapalhar na precisão do diagnóstico.  Mulheres grávidas não podem fazer a mamografia, pois devem evitar a exposição a qualquer tipo de radiação que gerem a possibilidade de efeitos biológicos para o bebê.

FONTE: CONTER
http://www.conter.gov.br