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Famílias doadoras de órgãos são homenageadas pelo Programa Estadual de Transplantes

Na Semana do Doador, PET lança campanha ‘Esperar Pra Quê?’ Em 2013, já foram realizadas 200 captações e 500 transplantes no estado

O Programa Estadual de Transplantes (PET) da Secretaria de Estado de Saúde tem muitos motivos para celebrar a Semana Estadual do Doador de Órgãos e Tecidos, que acontece entre 18 e 24 de novembro. Somente este ano, foram 200 doações de órgãos e 500 transplantes realizados. Este resultado é pra lá de positivo, tendo em vista que de janeiro a dezembro de 2012 foram 221 captações. Para homenagear 30 famílias doadoras de órgãos por esse nobre gesto, o programa organizou nesta terça-feira, 19/11, uma cerimônia na Capela Ecumênica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A homenagem começou com um café da manhã e contou também com a presença de líderes religiosos, profissionais de saúde e a apresentação do vídeo Esperar Pra Quê?, parte da campanha de incentivo à doação e de agradecimento a essas famílias.

O funcionário público Francisco José de Souza foi um dos homenageados. Pai de Camila de Souza, que faleceu por conta de um Acidente Vascular Encefálico aos 21 anos, ele relatou a decisão inesperada que teve que tomar ao saber da morte cerebral da filha.

– Sempre pensei em doar os meus órgãos, mas não esperava ter que tomar essa decisão sobre a minha filha. Quando aconteceu com ela, apesar de toda a dor, o pensamento foi o mesmo, até porque sabia que parte dela ia continuar viva em alguém. Se a Camila veio ao mundo pra viver 21 anos e salvar vidas, eu estou em paz – alegou, emocionado.

Ao descobrir um câncer, o ator Duda Ribeiro não imaginou o quanto sua vida mudaria a partir da notícia. Hoje, quase três anos após o transplante de fígado que salvou sua vida, Duda é só agradecimento às famílias que optam pela doação.

– Neste evento, pude conhecer pela primeira vez o rosto e o sentimento das pessoas que estão do outro lado. Aquelas que, no momento do sofrimento, também pensaram em alguém. Sou muito grato a todas elas – enalteceu.

Prestes a bater a meta de captações deste ano, o PET programa objetivos mais audaciosos para o próximo ano.

– O evento de hoje representa mais uma conquista para o PET, pois estamos podendo agradecer e reconhecer o nobre gesto de pessoas que disseram sim em um momento tão difícil como a perda de um ente familiar. Para esse ano, esperamos chegar à meta de 250 doadores. Em 2014, queremos chegar a 300 doadores, meta emblemática para o estado do Rio de Janeiro – antecipou Rodrigo Sarlo, coordenador do Programa Estadual de Transplantes.

Rio de Janeiro dá um salto na área de transplantes  Atualmente ocupando a 2º posição no ranking de doação de órgãos no país, o Rio de Janeiro comemora o feito graças à criação do Programa Estadual de Transplantes, que, desde 2010, atua na captação de órgãos, distribuição aos hospitais transplantadores – respeitando a fila -, aprimoramento da gestão técnica, subsídio às unidades de saúde e capacitação de profissionais. Em 2012, foram 221 doações de órgãos, quase o dobro do ano anterior.

– Antes da criação do Programa Estadual de Transplantes, estávamos bem longe do que considerávamos ideal para um serviço de captação de órgãos de qualidade. Em três anos, demos um grande salto nesta área e estamos atualmente na 2ª posição do ranking nacional. E não queremos parar por aí. Certamente teremos outros motivos para comemorar – afirmou o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes.

Como funciona o processo – Ao diagnosticar a morte encefálica, a Comissão Intra-Hospitalar de Doações de Órgãos e Tecidos de cada unidade entra em contato com o Programa Estadual de Transplantes para organizar o processo de doação e captação. A comissão tem papel fundamental neste processo, pois faz a abordagem e entrevista familiar de solicitação e doação de órgãos e tecidos, aumentando as chances de sucesso entre as notificações de possíveis doadores.

– Uma comissão bem estruturada e atuante contribui bastante para todo o processo, identificando potenciais doadores e preparando os familiares para o processo, aumentando em muito os índices de efetivação de doações – afirma Rodrigo Sarlo.

Mais informações: www.transplante.rj.gov.br ou Disque-Transplante (155).

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br