Gestantes da Baixada visitam Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita
Secretário Sérgio Côrtes leva grupo de mulheres grávidas para conhecer as instalações da nova unidade. Governador Sérgio Cabral inaugura Hospital da Mãe na quinta (14)
O Hospital Estadual da Mãe de Mesquita só será inaugurado na próxima quinta-feira, 14 de junho, mas a unidade recebeu nesta terça (12) suas prováveis futuras pacientes. Olhos atentos, às vezes emocionados, expectativa. Um grupo de grávidas do município foi convidado para conhecer a unidade num café da manhã com o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes. Elas caminharam por todas as instalações, passaram pelas salas de parto, pela UTI neonatal e pelo berçário. E puderam sonhar com o dia, próximo, de realizar o sonho da maternidade em um lugar acolhedor, com profissionais experientes.
Com capacidade para realizar 9 mil consultas e 600 partos por mês, o Hospital da Mãe vai funcionar com ambulatório de atendimento pré-natal e maternidade para partos de baixa e média complexidades para moradoras da Baixada Fluminense.
– As mães que realizarem o pré-natal aqui vão fazer esta mesma visita para conhecer o lugar onde terão seus filhos e terem a certeza de que aqui serão atendidas – destaca o secretário Sérgio Côrtes.
‘Fiquei emocionada’, conta gestante – Nascida e criada em Mesquita, a professora de educação física Angelina de Oliveira, de 29 anos, passou uma temporada no Nordeste e voltou ao Rio para ter o bebê ao lado da família.
– Houve momentos da visita em que fiquei emocionada. Nunca imaginei que teria um espaço como esse aqui, na Baixada. Nunca vi nada parecido -, conta Angelina, que está no quinto mês de gestação.
Além de conhecer as instalações, as mães foram informadas de que o Hospital da Mãe vai oferecer atendimento especial para mães adolescentes, planejamento familiar, Núcleo de Registro Civil de Pessoas Naturais, lactário e grupo de orientação sobre cuidados básicos neonatais.
– Não tinha noção do que ia ver aqui. Agora vou ter a consciência tranquila de que vou ter meu filho sem estresse e, o melhor, sem dor -, completa a vendedora Josiane de Castro, de 22 anos, sem esconder a ansiedade em ter seu bebê nos braços.
Já aos 9 meses de gestação, Michele Ferreira, de 24 anos, ainda não teve o seu primeiro bebê, mas já demonstra saber muito bem como o pré-natal é importante:
– Esse é o meu primeiro filho e a gente tem muitas dúvidas sobre as mudanças no nosso corpo e os desafios até a hora do parto – diz a dona de casa.
Representantes de médicos também conhecem o novo Hospital da Mãe – A presidente da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, Vera Fonseca, também participou da visita.
– As impressões são as melhores. Vai ser bom pra população e para nós médicos que teremos boas condições para trabalhar. O que está sendo feito aqui é o verdadeiro conceito de parto humanizado – destaca Vera.
Como funciona o Hospital da Mãe – Durante o pré-natal, a gestante fará, sempre que necessário, exame de sangue, ultrassonografia no mesmo dia da consulta e receberá na ocasião os resultados e medicamentos. Ao todo, serão 70 leitos de internação, 8 leitos de UTI Neonatal, 12 salas PPP, além de leitos de recuperação pós-anestesia, assistência a recém-nascidos e centros cirúrgicos.
Cotas para municípios da Baixada – O ambulatório fará o acompanhamento pré-natal das gestantes, numa parceria com o município. Apenas as pacientes com o pré-natal em dia vão poder fazer o parto na unidade. Não haverá demandas espontâneas. A metade da capacidade de atendimento será dedicada a moradoras de Mesquita e a outra metade será dividida em cotas para pacientes de médio risco (como adolescentes, portadoras de diabetes ou mulheres hipertensas) dos outros municípios da Baixada. Os casos de alta complexidade serão transferidos para o Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti.
Governo do Estado investe no atendimento à mulher da Baixada – Inaugurado há pouco mais de dois anos, o Hospital da Mulher contabiliza mais de 5.600 nascimentos. A unidade é a primeira da rede estadual de saúde totalmente especializada no atendimento a gestantes de alto risco. Desde a sua inauguração, vem colocando em prática a cultura do parto humanizado. Entre as ações de humanização está a Casa da Mãe, local onde a puérpera fica hospedada caso seu bebê precise permanecer internado para cuidados na UTI ou UI.
São Gonçalo também terá um Hospital Estadual da Mãe – Será construído na Rodovia Niterói-Manilha e vai disponibilizar cuidados de atenção básica como a assistência de pré-natal e atendimento de maternidade de baixo risco, além de reorganizar os fluxos dos casos de alto risco para a maternidade do Hospital Estadual Azevedo Lima.
Rede Cegonha – Este projeto do Ministério da Saúde para todo o Brasil constitui-se na organização de uma rede de cuidados que assegure à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis. Está implantada nos dezenove municípios das Regiões Metropolitanas I e II. A implantação da Rede Cegonha em sua totalidade permitirá a qualificação de todos os pontos de atenção, nos processos de trabalho, e nos investimentos financeiros que melhoram a ambiência e o custeio dos serviços.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro