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Governo brasileiro lança ação de vacinação nas fronteiras

O Movimento Vacina Brasil nas Fronteiras, do Ministério da Saúde, visa promover a vacinação contra a febre amarela e o sarampo em cinco cidades brasileiras fronteiriças aos países do Mercosul

O ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, lançou nesta segunda-feira (16), em Ponta Porã (MS), o Movimento Vacina Brasil nas Fronteiras e um pacote de ações voltado para o fortalecimento da vigilância em cinco cidades brasileiras fronteiriças aos países que compõem o Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai). Na ocasião, será realizada a vacinação de crianças de 6 meses a pessoas com 29 anos contra o sarampo; e de crianças a partir dos 9 meses e pessoas com até 59 anos contra a febre amarela. Em seguida, o ministro, juntamente com o ministro da Saúde do Paraguai, Julio Daniel Mazzoleni, segue para o lado vizinho paraguaio, onde também terá início a vacinação da população.

“O Brasil deve assumir a coordenação dos trabalhos do Mercosul, e uma das principais ações é aprimorar e fortalecer as coberturas vacinais, em parceria com todos os nossos vizinhos. Por isso, estamos fazendo aqui, em Ponta Porã, um ato simbólico, que representa toda a área de fronteira nacional. Podemos aumentar em muito essas parcerias com os países que fazem fronteira com o Brasil, garantindo proteção para todos”, destacou o ministro da Saúde brasileiro, Luiz Henrique Mandetta.

O Movimento Vacina Brasil nas Fronteiras acontece entre os dias 16 e 27 de setembro, de forma conjunta e simultânea contra as duas doenças, nas regiões de fronteira do Brasil com Argentina, Paraguai e Uruguai. Para isso, o país brasileiro enviou 37 mil doses extras da vacina tríplice viral (sarampo) e 4 mil doses de vacina contra a febre amarela para as regiões foco da campanha. Para febre amarela, apenas a cidade de Barra do Quaraí, no Rio Grande do Sul, solicitou doses extras ao Ministério da Saúde. Assim, foram enviadas 4 mil doses de vacina à cidade gaúcha.

A campanha será realizada, conforme calendário nacional de vacinação de cada país. No Brasil, a ação acontece nas cidades de Ponta Porã (MS), Dioníosio Cerqueira (SC), Barra do Quaraí (RS) e Foz do Iguaçu e Barracão (PR). No Paraguai, as cidades são Pedro Juan Caballero e Ciudad del Este. Já na Argentina, a ação irá acontecer Bernardo de Irigoyen e Puerto Iguazú. No Uruguai, a vacinação acontece em Bela Unión.

O pacote de fortalecimento da vigilância anunciado pelo ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, traz ações voltadas aos temas: imunização; vigilância; Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Fronteira; Laboratório de Fronteira; e capacitação de profissionais. Esse conjunto de estratégias é fruto da solicitação do governo brasileiro, para incluir o tópico imunização nas fronteiras, na agenda dos eixos prioritários estabelecidos no Memorando de Entendimento de Cooperação entre o MERCOSUL e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

SARAMPO

O Brasil registrou 3.339 casos confirmados de sarampo em 16 estados, nos últimos 90 dias (16/06 a 07/09). Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul estão entre os estados com surto ativo da doença. As crianças são as mais suscetíveis às complicações e óbitos. A incidência de casos em menores de 1 ano é 9 vezes maior em relação à população em geral. Neste ano, foram confirmados quatro óbitos por sarampo: três óbitos ocorreram em menores de 1 ano de idade; e um óbito em um indivíduo de 42 anos.

Para garantir a vacinação de todas as crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias, neste ano, o Ministério da Saúde já enviou 19,4 milhões de doses da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola. Esse quantitativo garante a realização da vacinação de rotina, as ações de interrupção da transmissão do vírus, e a dose extra chamada de ‘dose zero’, nas crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias. Recentemente, a pasta enviou 1,6 milhão de doses extras da vacina tríplice viral para esse público.

Em Ponta Porã, em 2018, 76 mil doses da vacina tríplice viral foram aplicadas em crianças de até 1 ano de idade. Na rotina do Sistema Único de Saúde (SUS) a vacina está disponível em todos os mais de 36 mil postos de vacinação em todo o Brasil.

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FEBRE AMARELA

No início deste ano, houve a identificação da circulação do vírus na Região Sul do Brasil. No mês de janeiro, no Paraná; e em Santa Catarina, em março. Em 2019, até o dia 31 de maio, foram confirmados 85 casos e 15 óbitos pela doença no país, sendo 14 casos e 3 óbitos na Região Sul. A maior parte dos infectados são jovens adultos do sexo masculino, que moram ou trabalham em áreas rurais.

Diante desse cenário na Região Sul, os estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, com apoio do Ministério da Saúde, realizam entre agosto e dezembro, a execução de um cronograma de ações para intensificar a vigilância e a vacinação contra a febre amarela na região. A medida é preventiva e busca sensibilizar as equipes de vigilância, e vacinar a população a partir dos 9 meses de idade. O objetivo é que os municípios façam busca ativa de pessoas não vacinadas antes do período de maior incidência da doença, que ocorre de dezembro a maio.

A vacina contra a febre amarela é ofertada no Calendário Nacional de Vacinação, para todas as pessoas de nove meses a 59 anos de idade que nunca tenham se vacinado, e distribuída mensalmente a todos os estados. Neste ano, o Governo Federal já enviou 11 milhões de doses da vacina contra a febre amarela para todo o país.

Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema de dose única da vacina, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), respaldada por estudos que asseguram que uma dose é suficiente para a proteção por toda a vida. Em 2018, no município de Ponta Porã (MS), mais de 76 mil doses da vacina foram aplicadas em crianças de até um ano.

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FONTE: Ministério da Saúde
http://portalms.saude.gov.br