Governo do Rio busca estratégias para fidelizar doadores de sangue
Objetivo é garantir estoque para suprir a demanda durante grandes eventos
A Secretaria de Estado de Saúde está planejando uma série de ações com foco na fidelização de doadores de sangue, a fim de garantir que os estoques sejam suficientes para suprir a demanda durante o calendário de grandes eventos que o Rio receberá a partir de 2013. A Organização Mundial de Saúde (OMS) determina que os países tenham 3% e 5% da população como doadora de sangue regular, mas a média do Rio de Janeiro tem sido de apenas 1,8%. Os cariocas e fluminenses atendem, em geral os chamados em situações críticas, mas ainda não possuem o hábito de doar sangue regularmente.
Reuniões para definir as melhores táticas de atração de doadores acontecem desde antes dos Jogos Olímpicos de Londres . Uma das ideias é adquirir pelo menos mais duas unidades móveis de coleta. Atualmente, o Hemorio tem uma, que sai cinco vezes por semana. A outra medida é contar com a consultoria do médico britânico Keith Grimmett, chefe de equipe da London Ambulance Service, que ficou responsável pelos serviços de fornecimento de sangue durante as Olimpíadas de Londres. O médico virá ao Rio em novembro para passar sua experiência à equipe da Secretaria de Estado de Saúde.
– Além disso, vamos investir em tecnologia para modernizar o processamento do sangue e atender aos requisitos do Comitê Olímpico Internacional em relação à sua qualidade. O órgão estabelece critérios, a fim de minimizar os riscos de reações adversas decorrentes do uso de sangue na população de outros países – explicou a subsecretária de Vigilância em Saúde, Hellen Miyamoto.
Hábito cultural – A ideia das campanhas é tornar a doação um hábito cultural, ampliando os estoques não só em datas especiais, mas para suprir as necessidades diárias do estado.
– Não estamos conseguindo atender à demanda da rede de hospitais. É importante que as pessoas entendam
que a necessidade de sangue é diária. Não é uma questão de solidariedade, mas de responsabilidade social – disse Naura Faria, chefe do Serviço de Atendimento ao Doador do Hemorio.
O auxiliar de escritório Hélio Coelho, de 30 anos, doa sangue de três em três meses.
– A consciência fica leve. É de graça e nunca é demais ajudar o próximo – disse Coelho.
Quem pode doar – Para doar é necessário pesar no mínimo 50 kgs, ter entre 16 e 68 anos, estar bem de saúde e portar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho certificado de reservista ou carteira do conselho profissional). Não é necessário um tipo sanguíneo específico e pessoas que possuem tatuagem, há mais de um ano, também podem doar.
Doar sangue é seguro e quem faz uma vez não é obrigado a doar sempre. No entanto, é muito importante que pessoas saudáveis ajudem regularmente, pois os bancos de sangue têm necessidade de manter estoque. Não é necessário estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos três horas antes.
Hemorio – Hemocentro coordenador do estado, o Hemorio distribui sangue para 180 hospitais públicos, incluindo grandes emergências como as dos hospitais Getúlio Vargas, Souza Aguiar e Miguel Couto, maternidades, UTIs neonatais e conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS). Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 68 anos, pesar mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto.
Disque Sangue tira dúvidas – O Hemorio funciona todos os dias, das 7h às 18h, incluindo sábados, domingos e feriados, na Rua Frei Caneca, n° 8, no Centro do Rio. Para mais informações, o voluntário deve ligar para o Disque Sangue (0800 282 0708), que esclarece dúvidas e informa o endereço dos outros 26 postos de coleta distribuídos pelo estado.
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Coletas móveis na próxima semana:
Dia 08 – Condomínio Le Monde (Barra da Tijuca)
Dia 09 – Ampla (Niterói)
Dia 10 – RB1 (Centro)
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro