Hospital da Mãe, em Mesquita, completa dois anos com mais de 10 mil partos realizados
A unidade é a principal referência para atendimento de gestantes de baixo risco na Baixada Fluminense
O Hospital Estadual da Mãe de Mesquita (HEM) acaba de completar dois anos, com muitos motivos para comemorar. Neste período foram realizados 10.192 partos, sendo 7.612 partos normais, ou seja, 74,6% dos procedimentos. Também foram feitos 153.242 atendimentos ambulatoriais e 22.490 exames de ultrassom. Outro dado que é motivo de orgulho para equipe de multiprofissionais é a pesquisa de satisfação dos pacientes, implementada desde a inauguração do HEM. No último mês de maio, por exemplo, 99,7% das pessoas que responderam o questionário, em um total de 1.277 entrevistados, classificaram o atendimento na unidade como sendo bom ou ótimo.
Números como estes refletem a importância que o Hospital da Mãe de Mesquita tem para a Baixada Fluminense, onde é a principal referência no atendimento de gestantes e bebês de baixo risco. A dona de casa Alessandra Costa, de 29 anos, ilustra bem esta mudança. Moradora de Mesquita, há 6 anos ela precisou recorrer a uma unidade de saúde em Vila Isabel para dar à luz ao 1º filho. Desta vez, Alessandra fez o pré-natal e o parto no Hospital da Mãe, perto da sua casa.
– Durante o pré-natal fui examinada pelos médicos, fiz exames e recebi informações de vários profissionais sobre os cuidados com a gravidez e o bebê, como a nutricionista que me ajudou a manter o peso. Outra vantagem é que, desta vez, fiz parto normal e percebo como a minha recuperação foi bem mais rápida – descreve Alessandra, que acaba de dar à luz Pedro, que nasceu com 2,4 kg e 45 cm.
Nestes dois anos, o Hospital Estadual da Mãe consolidou a oferta de uma assistência humanizada, onde as gestantes contam com toda a estrutura necessária para realizar um pré-natal saudável, com acompanhamento de médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas e são incentivadas a realizar o parto normal, dispondo de recursos não farmacológicos para alívio da dor, entre eles, massagem, exercícios de fisioterapia, respiração e caminhada. O HEM dispõe de 70 leitos de internação, 8 leitos de UI Neonatal e 12 salas de PPP – local onde a gestante é encaminhada quando já está prestes a dar à luz, junto com um acompanhante e tem acesso a métodos que vão ajudá-la na hora do parto, além de leitos de recuperação pós-anestesia, assistência aos recém-nascidos e centro cirúrgico.
– Ao longo desses dois anos, implementamos serviços para atender o perfil das nossas pacientes, como é caso do atendimento às adolescentes, que engloba desde a orientação sobre as mudanças fisiológicas, até direito civis da gestante e continuidade dos estudos; fisioterapia no pré-natal para alívio da dor; orientações para mães de 1º filho; planejamento familiar e incentivo constante à amamentação, inclusive com a criação de um ambulatório para orientar e tirar dúvidas de mães que sintam dificuldade de amamentar, após terem recebido alta do hospital– detalha o diretor da unidade, Sergio Teixeira.
Capacitação – Em agosto de 2012, o HEM inaugurou o Centro de Estudos e Pesquisas, visando coordenar eventos científicos em parceria com outras unidades de saúde, como os Hospitais Estaduais da Mulher Heloneida Studart, Melchiades Calazans e Albert Schweitzer. No local são realizadas palestras de capacitação e atualização da equipe, além de oferecer oportunidade para que os profissionais da rede básica de saúde e estudantes da região participem dos encontros.
Uma equipe de profissionais do Hospital da Mãe realizou duas pesquisas que foram apresentadas, em novembro de 2-13, no 55º Congresso Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia. Os temas dos estudos foram “Óbitos Fetais por Sífilis” e “Epidemiologia dos Óbitos Fetais” e os assuntos foram escolhidos em função da alta incidência de pacientes com Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e as condições de saúde das gestantes na Baixada Fluminense. O objetivo é que os trabalhos forneçam subsídios para a elaboração de estratégias públicas de saúde à população.
Gestão – Desde abril de 2012, a Secretaria de Estado de Saúde vem reorientando o modelo de gestão e atenção à saúde no Estado do Rio de Janeiro no intuito de melhorar a prestação dos serviços e a satisfação do usuário. A implementação dessa nova forma de administração tem como objetivos reduzir custo, melhorar a gestão e garantir um atendimento de qualidade à população. O Hospital Estadual da Mãe de Mesquita passou a ser gerenciados pela Organização Social de Saúde Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (OSS HMTJ), fornecendo todos os recursos humanos e materiais necessários ao adequado funcionamento do hospital, dentro dos parâmetros e diretrizes estabelecidos pela Secretaria.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br