Hospital Estadual da Criança participa do 8º Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança
Onze crianças foram atendidas pela equipe de cirurgiões neste sábado
O Hospital Estadual da Criança, em Vila Valqueire, participou neste sábado (10/05) do VIII Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança. Foram realizadas onze procedimentos, sendo três de alta complexidade e oito de média e baixa. A iniciativa tem o objetivo de reduzir a fila de espera de crianças e adolescentes com indicação cirúrgica. As cirurgias têm a finalidade de corrigir alterações no aparelho gênito urinário – como hérnia umbilical, fimose, hidrocele, testículo ectópico, entre outros. Esse é o quarto mutirão de cirurgias que o Hospital da Criança participa- totalizando dois nacionais e os outros dois realizados pela própria unidade.
O cirurgião geral Francisco Nicanor Macedo, chefe do departamento de cirurgia pediátrica geral e urológica da unidade, esteve à frente da equipe de cerca de 20 profissionais, entre médicos cirurgiões, anestesiologia, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que participaram da iniciativa.
– É muito gratificante ver a motivação da equipe que participa do mutirão. Montamos uma força-tarefa para devolver dignidade aos pacientes e, claro, diminuir a fila de espera por esses procedimentos no estado do Rio de Janeiro – afirma.
Desde inauguração do hospital, em março de 2013, a equipe de cirurgia pediátrica da unidade realizou cerca de 1.600 procedimentos.
A dona de casa Dayane Maria do Vale está na expectativa de ver o filho Felipe da Silva Júnior, de 4 anos, crescer livre de dores e inchaço que a hérnia inguinal lhe provoca desde os 7 meses. O menino aguardava na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) pela cirurgia há 3 anos e seis meses. Aconselhada por uma vizinha, a dona de casa buscou atendimento há um mês no Hospital da Criança e conseguiu agendar a cirurgia para este sábado.
– Era uma agonia acompanhar as limitações na vida do meu filho. Ele não podia correr, nem andar de bicicleta porque sentia dores e ficava inchado na região da virilha. Agora ele vai levar uma vida normal – disse Dayane, moradora de Bangu.
A técnica de enfermagem Aline dos Santos Lopes, de 33 anos, também estava ansiosa para ver o filho, Rodrigo Xavier Elias Júnior, 7 anos, livre da hérnia no umbigo. O pequeno convivia com a doença desde o nascimento e aguardava há dois anos na fila para submeter-se ao tratamento em Duque de Caxias, cidade onde moram. Há duas semanas o pequeno foi encaminhado para o Hospital da Criança.
– A hérnia provoca desconforto e esteticamente é feio. Sofria vendo meu filho ser vítima de bullying. Agora é vida nova- agradeceu Aline.
Já o pré-adolescente Klaus Creder, de 11 anos , submeteu-se a uma cirurgia de postectomia para correção de fimose. Nervoso com o procedimento, o menino se impressionou com o colorido nas paredes do hospital e com o carinho dos médicos. A mãe dele, a dona de casa Liliane Creder, de 40 anos, também elogiou a atenção da equipe que cuidou filho dela.
– Foi rápido para agendar a cirurgia. Menos de uma semana. Fiquei tranqüila com a operação porque toda a equipe médica é atenciosa. Me tranqüilizaram – comentou Liliane.
A unidade – Inaugurado no dia 4 de março de 2013, o Hospital Estadual da Criança é a primeira unidade do Rio de Janeiro voltada para atendimento exclusivamente pediátrico referenciado. O hospital realiza cirurgias de média e alta complexidades, além do tratamento do câncer, em crianças de zero a 19 anos. Em 28 de março de 2013, o hospital recebeu o credenciamento por parte do Sistema Nacional de Transplantes.
Desde abril de 2012 a Secretaria de Estado de Saúde vem reorientando o modelo de gestão e atenção à saúde no Estado do Rio de Janeiro no intuito de melhorar a prestação dos serviços e a satisfação do usuário. A implementação dessa nova forma de administração tem como objetivos reduzir custo, melhorar a gestão e garantir um atendimento de qualidade à população. O Hospital Estadual da Criança foi viabilizado a partir de um contrato com a Rede ‘ São Luiz, que cedeu o prédio – onde antes funcionava o Hospital Rio de Janeiro – e passa a gerenciar o serviço público através da Organização Social com o Instituto ‘ de Gestão de Saúde Pública, fornecendo todos os recursos humanos e materiais necessários ao adequado funcionamento do hospital, dentro dos parâmetros e diretrizes estabelecidos pela Secretaria.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br