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Humanização no setor de Radiologia ganha força nos estudos acadêmicos

Estudantes reforçam a importância do respeito e do cuidado aos pacientes na hora de realizar exames de radiodiagnóstico

thumbnail_1443461501Quem não gosta de ser bem tratado? Seja no ambiente de trabalho ou fora dele, a habilidade de se colocar no lugar do outro pode fazer grande diferença nas relações pessoais. Diante de um mercado de trabalho que cobra cada vez mais agilidade e eficiência, a área da saúde acaba, por vezes, sofrendo com os sintomas da desumanização em seus serviços. Nos setores de Radiologia, não é diferente.

Com essa preocupação em evidência, estudantes das técnicas radiológicas produziram conteúdo científico sobre o tema. A ideia é que a humanização entre paciente e profissional não fique só no papel e nos discursos, mas sim no dia-a-dia do setor de Radiologia e nos hospitais de modo geral. Um dos responsáveis pelo estudo “O conhecimento e o uso de humanização pelos profissionais das técnicas radiológicas”, o tecnólogo piauiense Antony Charles Oliveira relata que até mesmo os grandes centros de referência em radiodiagnóstico sofrem com a ausência de empatia no atendimento ao paciente.

“Ainda que as pessoas entendam o conceito de humanização, a grande maioria enxerga o tema de forma muito empírica. É necessário que os profissionais compreendam que um atendimento humanizado faz toda a diferença na vida do paciente”, explica.

Ao longo do trabalho, Antony e seus colegas citaram as Políticas Nacionais de Humanização do SUS e a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, feitas pelo Ministério da Saúde, como norteador no processo de informação ao profissional em como realizar, de maneira humanizada, os procedimentos de radiodiagnóstico nos serviços ambulatoriais. “É fundamental que as pessoas tenham acesso a essas cartilhas e reflitam: como posso humanizar meu atendimento? Por que devo fazê-lo e como isso me torna um profissional melhor?”, frisa o tecnólogo.

Detalhes que fazem a diferença

Outro profissional que se preocupa com a falta de humanização nos atendimentos radiológicos é o técnico em Radiologia Iago Estéfano Brito. Professor das técnicas radiológicas do Centro de Profissionalização do Vale do Assú (Rio Grande do Norte), ele resolveu fazer um relato de experiência sobre o tema.

“Em 2014, no início do estagio do curso técnico, percebi a dificuldade de alguns profissionais em chamar o paciente pelo nome, dar um sorriso, olhar nos olhos. É necessário que possamos perceber o paciente como alguém que necessita de atenção, indo além da tecnologia proporcionada por uma máquina”, defende Iago.

Com o artigo em andamento, o professor destaca ainda que existe uma escassez muito grande de estudos sobre a humanização do trabalho do técnico em Radiologia e enfatiza a importância de mais produções na área. “Frases de pacientes como: ‘aqui, foi o local onde fui mais bem recebido nesse hospital’, ‘hoje, só você olhou em meus olhos e me deu atenção’ me realizaram não somente como técnico em Radiologia, mas também como ser humano. Compreender esse processo é fundamental para um bom atendimento”, finaliza.

Contribua com seus estudos

Se você, estudante e/ou profissional das técnicas radiológicas, possui um trabalho científico de destaque sobre humanização ou tema de grande relevância, encaminhe o conteúdo para nós pelo e-mail assim@conter.gov.br. A relevância do tema será analisada para publicação do conteúdo na Revista CONTER ou em nosso site, no link Trabalhos Científicos. Vamos mostrar para a sociedade que nosso conhecimento faz a diferença.

FONTE: CONTER
http://www.conter.gov.br