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IECAC participa de pesquisa com célula-tronco em pacientes infartados

A unidade hospitalar do Governo do Estado acompanhará durante cinco anos 11 pacientes que sofreram infarto agudo no miocárdio

Focado nas pesquisas e no avanço de tecnologias na área da saúde, o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC) tem sido um dos colaboradores de peso nos estudos de implantação de células-tronco em pacientes infartados. Por ser referência em cardiologia e ter estrutura compatível para oferecer assistência a casos clínicos de alta complexidade, a unidade acompanha 11 pacientes e o último recebeu as células-tronco em julho deste ano após sofrer infarto agudo no miocárdio.

O coordenador de pesquisas e novas tecnologias do IECAC, Edgard Quintella, explica que após o infarto agudo do miocárdio, o músculo cardíaco fica comprometido, o que traz sequelas para o bom funcionamento do coração. A inserção de células-tronco, que são retiradas da própria medula óssea do paciente, visa recuperar parte do músculo cardíaco prejudicado, e deve ser feita até o sétimo dia após o infarto.

“As células-tronco tendem a estimular o surgimento de novas células que contribuirão para a recuperação do músculo cardíaco, provocando assim, alteração no prognóstico do paciente e possibilitando uma melhor qualidade de vida”, afirma Quintella.

Os pacientes incluídos no projeto apresentam quadros graves e as manifestações clínicas são variáveis. Segundo o pesquisador, análises superficiais de pequenas amostras não são suficientes para retratar a evolução do quadro clínico. Além disso, reitera, somente após cinco anos é possível fazer uma avaliação técnica mais apurada e precisa dos resultados obtidos com o tratamento.

O IECAC conta com uma equipe de pesquisadores formada por cardiologistas, emergencistas, anestesistas, hematologistas, hemodinamicistas, geneticistas, estaticistas e enfermeiros.

Segundo o diretor da unidade, Antônio Ribeiro, o IECAC é referência no Estado no tratamento de doenças cardiovasculares e, recentemente, tornou-se Centro de Atendimento ao Infarto Agudo do Miocárdio. “O hospital, além de prestar a assistência, também tem como foco o estudo e a pesquisa. E o trabalho de pesquisa envolvendo células-tronco faz parte do nosso escopo quanto instituto de cardiologia”, afirma Ribeiro.

Pesquisa – O primeiro paciente foi incluído no protocolo do IECAC em outubro de 2010. A pesquisa, denominada “Terapia Celular em Cardiologia”, tem o apoio do Ministério da Saúde e também desenvolve estudos em outros três grupos de pacientes portadores de doenças cardíacas: coronariana crônica, miocardiopatia dilatada e mal de Chagas. No Rio de Janeiro, além do IECAC, participam da pesquisa o Instituto Nacional de Cardiologia e o Pró-Cardíaco.

Sobre o IECAC – Fundado em 1941, o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC) é referência do Estado no tratamento de doenças cardíacas e cardiovasculares em adultos e crianças. Desde agosto de 2012, com o apoio da Secretaria de Estado de Saúde, a unidade hospitalar foi incorporada pela Fundação Saúde, que responsável pela gestão.

A Fundação Saúde é uma entidade pública, de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que visa à gestão da saúde pública no Estado do Rio de Janeiro. Por ser órgão integrante da administração pública indireta, está vinculada à Secretaria de Estado de Saúde e atua em consonância com as diretrizes constitucionais e legais previstas para o Sistema Único de Saúde.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br