Instituto Estadual do Cérebro recebe equipamento único na rede pública do Brasil
Com tecnologia de radiocirurgia sem incisões, será usado para tratamento de tumores e outras doenças neurológicas
Capaz de realizar cirurgias no cérebro com extrema precisão e sem necessidade de incisões, o primeiro Guamma-Knife a ser instalado em uma unidade pública de saúde no país chegou ao Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer nesta segunda-feira (11/7). Voltado para o tratamento e operação de tumores e outras doenças neurológicas, como o Mal de Parkinson, o aparelho utiliza a técnica conhecida como radiocirurgia estereotáxica, que é uma intervenção cirúrgica com base na utilização de radiação no ponto exato da lesão.
– A radiocirurgia apresenta várias vantagens para os pacientes, como a redução dos riscos de complicações, quando comparamos aos riscos de uma cirurgia tradicional. Os efeitos secundários são atenuados, o que ajuda a reduzir o tempo de internação, trazendo também economicidade para os recursos investidos – destaca Luiz Antônio Teixeira, secretário de Estado de Saúde.
A radiocirurgia estereotáxica é um método não invasivo de tratamento de lesões no cérebro, cabeça e pescoço, que possibilita procedimentos em vários tipos de tumores cerebrais benignos ou malignos, malformações arteriovenosas e metástases – que seriam, muitas vezes, inacessíveis por meio das cirurgias tradicionais.
– Enquanto outros equipamentos utilizados apresentam uma diferença de até um centímetro em relação à área a ser tratada, o Gamma-Knife tem uma precisão de apenas um milímetro, usando raios gama – explica o neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, diretor médico do IEC.
A previsão é de que o aparelho entre em funcionamento até o fim deste ano, com a conclusão das intervenções necessárias para sua instalação. A equipe que irá operar o Gamma-Knife é composta por neurocirurgião e radioterapeuta, além de um físico, e foi treinada nos Estados Unidos e na República Tcheca. Atualmente, o Brasil conta com outros dois aparelhos como este em funcionamento, ambos em unidades particulares. O aparelho comprado para o IEC custou R$ 13 milhões, que vieram da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br