Itaperuna é sede da terceira Organização de Procura de Órgãos do Rio de Janeiro
Secretaria de Estado de Saúde investe R$ 200 mil na criação de unidade descentralizada para agilizar, facilitar e ampliar a captação de doações para transplantes. RJ conseguiu reduzir a fila de pessoas aguardando pelo procedimento em 70%
O Programa Estadual de Transplantes (PET) inaugurou nesta quinta-feira, 23 de outubro a terceira Organização de Procura de Órgãos (OPO) do estado. Com investimento de R$ 200 mil, a unidade vai funcionar em Itaperuna, no Hospital São José do Avaí. A OPO atenderá 26 municípios das regiões dos Lagos, Norte e Noroeste fluminense. As duas primeiras OPOs já funcionam no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), bairro do Humaitá; e no Hospital São Francisco de Assis, na Tijuca; ambas na capital.
“O Hospital São José do Avaí ocupa um papel estratégico na descentralização da captação e doação de órgãos e tecidos. A meta é aumentar em 15% o número de captações até o primeiro ano nessa área de cobertura”, explica Rodrigo Sarlo, coordenador do Programa Estadual de Transplantes.
A OPO de Itaperuna vai funcionar 24 horas por dia, dando assistência a 15 grandes hospitais localizados nas regiões Norte, Noroeste, Baixada Litorânea e Metropolitana ll. A área engloba 26 municípios, num total de cerca de 3 milhões de habitantes.
As OPOs foram criadas com o intuito de descentralizar e aperfeiçoar o processo de doação de órgãos e tecidos, consolidando o trabalho do PET. Elas atuam em conjunto com as equipes já existentes, como o grupo de Terapia Intensiva e a Coordenação Familiar, por exemplo, responsáveis pelo suporte clínico aos potenciais doadores e às famílias, respectivamente. As notificações de órgãos continuarão a ser feitas ao PET através do Disque-Transplantes (155). Até o final do ano, começa a funcionar ainda a OPO de Petrópolis.
Em 2014, de janeiro a setembro, já foram feitas 217 captações e 1.126 transplantes de órgãos e tecidos no RJ. O número já é três vezes maior que o alcançado em todo o ano de 2008 e deixa o estado à frente de países como Suécia, Alemanha e Dinamarca. A criação do PET pela Secretaria de Estado de Saúde, em 2010, permitiu não só estruturar melhor todo o processo de transplantes no estado, como a incrementar as captações de órgãos.
Maior evolução do Brasil – De lá pra cá, o RJ saiu da lanterna do ranking nacional e hoje é o segundo estado em números absolutos de doações. Paralelamente, a Secretaria de Estado de Saúde criou parcerias para a criação de dois bancos de olhos e inaugurou o Centro Estadual de Transplantes e o Hospital Estadual da Criança, responsável por realizar procedimentos infantis. Além disto, o Estado habilitou o Hospital de Traumatologia e Ortopedia Dona Lindu para transplantes de tecido músculo esquelético.
Transplantes de órgãos aumentam em 50% e 300%, os de tecidos. Entre os anos de 2006 e 2009, foram realizados 1.150 transplantes de órgãos e 444 de tecidos. De 2010 a 2013, após o início das atividades do PET, foram feitos 1.715 transplantes de órgãos e 1.701 de tecidos.
Com isso, a fila de pessoas aguardando por um transplante de órgãos caiu cerca de 70% nos últimos seis anos, recuando de 7.580 para 2.369. A fila por transplante de fígado foi a que mais reduziu nesse período, com queda de 73%. Em seguida, as filas que mais caíram foram por rim (70%) e córnea (65%).
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br