LIRAa aponta redução do índice de infestação pelo Aedes Aegypti
Levantamento feito este mês mostra o menor resultado da série histórica para março: 0,8%
Realizado de 5 a 11 deste mês, o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) registrou, pelo quarto período consecutivo, taxa de infestação predial inferior à linha de baixo risco. E o resultado, de 0,8%, é o mais baixo historicamente apurado para o mês de março, quando, pelas condições climáticas ideais à reprodução do Aedes aegypti (dias de calor e chuvas no final da tarde), é grande a circulação do mosquito e a incidência das doenças transmitidas por ele. Apesar do bom resultado, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta que não se pode relaxar e que é importante dar continuidade à mobilização dos órgãos públicos e da população no combate aos focos do vetor.
A colaboração da população é justamente apontada como uma das responsáveis pela baixa infestação. No LIRAa de janeiro, 0,97% dos imóveis visitados pelos agentes de vigilância em saúde da SMS para o levantamento haviam apresentado focos. Se, naquela ocasião, algumas localidades da região de Madureira ainda eram consideradas de alto risco para as arboviroses, com mais de 4% de infestação, desta vez, nenhum dos estratos apresentou índice acima desta marca. Mas a preocupação continua voltada para os ralos, piscinas, pratinhos de plantas, bebedouros de animais e lixo, que predominam como os principais depósitos com criadouros do mosquito.
Das dez grandes regiões da cidade, as chamadas Áreas de Planejamento (AP), o LIRAa apontou que seis estão na área de baixo risco, com índice de infestação inferior a 1%: Centro (AP 1.0), com 0,7%; Zona Sul (2.1), com 0,2%; Grande Tijuca (2.2), com 0,4%; Barra e Jacarepaguá (4.0), com 0,5%; Bangu e Realengo (5.1), com 0,3%; e Santa Cruz e Paciência (5.3), com 0,7%. A AP 2.2, correspondente à Grande Tijuca, foi a região que apresentou a maior redução do índice de infestação entre o LIRAa anterior e o atual. Em janeiro, os agentes haviam constatado que em 1,24% dos imóveis havia focos do Aedes aegypti, ou seja, quase um ponto percentual a mais do que o apurado agora em março.
Já as quatro outras Áreas de Planejamento ficaram na faixa de médio risco: Zona da Leopoldina (3.1), com 1,2%; Grande Méier (3.2), com 1,1%; Madureira e adjacências (3.3), com 1,1%; e Campo Grande (5.2), com 1,2%. Embora tenha permanecido no geral como médio risco, a região de Madureira também baixou o índice de infestação, que em janeiro foi de 1,77%. Nenhuma das APs nem nenhum dos estratos em que a cidade é dividida para a realização do LIRAa apresentou alto índice de infestação predial pelo Aedes aegypti.
A metodologia do LIRAa divide o município em estratos que variam de 8.100 a 12 mil imóveis com características semelhantes. A pesquisa identifica os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do Aedes aegypti. A metodologia permite saber, em curto espaço de tempo, quais áreas têm alta infestação, além de ser possível identificar quais os tipos de criadouros preferenciais em cada estrato, visando realizar atividades específicas e alertar a população por meio de mobilizações sociais. O LIRAa atual foi realizado em 100% dos estratos, o equivalente a 251. Desses, 62,2%% estão na faixa verde (baixo risco) e 37,8% na amarela (médio risco).
FONTE: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc