Ministro da Saúde visita municípios atingidos pelas chuvas
“Outra preocupação constante é garantir que não haja interrupção no tratamento de pacientes com doenças crônicas”, ressaltou. A FNSUS está identificando as pessoas mais vulneráveis e que vão precisar de assistência, como pacientes que fazem hemodiálise, pessoas em tratamento oncológico e mulheres no último trimestre de gestação. Alexandre Padilha ressaltou ainda que é fundamental que as pessoas fiquem atentas com relação a acidentes com animais peçonhentos, com o tétano, com o perigo de contrair leptospirose e com as doenças decorrentes da água de má qualidade. “Por isso estamos verificando os estoques de soros e vacinas e com o envio de hipoclorito para as regiões onde faltar água própria para consumo humano.”
Em Além Paraíba, cidade afetada por deslizamento grave, o ministro visitou o hospital São Salvador e acompanhou a transferência de cinco pacientes – quatro crianças e uma mulher – que estavam internados numa ala próxima a uma região com risco de desabamento. No município mineiro de Guidoval, onde todas as unidades de saúde foram danificadas, o ministro visitou unidades de saúde adaptadas em locais provisórios. As pessoas que precisavam de cuidados especiais foram transferidas para o hospital de referência de Ubá, cidade vizinha.
O ministro reiterou que há 100 profissionais de saúde cadastrados na FNSUS a disposição de Minas Gerais para ajudar nos trabalhos de ajuda às vítimas. São médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e psicólogos, entre outras especialidades, que se prontificaram a trabalhar em situações de emergências. Os interessados ainda podem se cadastrar.
Regiões atingidas – Em Minas Gerais, as regiões mais afetadas são o oeste e o noroeste do estado, incluindo a Zona da Mata, Campo das Vertentes, BH Metalúrgica e o Alto São Francisco. Guidoval, Ubá, Astolfo Dutra, Ouro Preto, Betim e Governador Valadares estão entre os municípios mais atingidos. Entre os 157 municípios atingidos, 105 encontram-se em situação de emergência, afetando a vida de mais de 2 milhões de pessoas, fazendo quase 12 mil pessoas ficarem desalojadas e deixando mais de 900 pessoas desabrigadas. Até o momento as enchentes e deslizamentos resultaram em 12 mortes, duas pessoas desaparecidas e 35 pessoas feridas. No estado, seis Unidades Básicas de Saúde foram atingidas pelas chuvas: três em Guidoval, uma em Ubá e duas em Governador Valadares. Além de monitorar as redes de Atenção Básica, Hospitalar, de Urgência, tratamento fora do domicílio e serviços para gestantes, a Força Nacional do SUS orienta os municípios da região metropolitana de Belo Horizonte sobre a atenção prioritária aos desabrigados.
Mais medicamentos em estoque – Alexandre Padilha salientou que a FNSUS está trabalhando de maneira integrada com outros ministérios, com o governo do estado e com as prefeituras, otimizando os esforços para prestar socorro imediato e responder às necessidades mais importantes das vítimas das enchentes. Ele lembrou que entre quinta-feira (5) e esta terça-feira (10) o Ministério da Saúde já enviou quase 15 toneladas de medicamentos e insumos para os estados mais afetados pelas chuvas fortes – foram quatro toneladas para o Rio de janeiro, 800 quilos para o Espírito Santo e dez toneladas para Minas Gerais. Distribuído a todos os municípios mineiros afetados por enchentes, o material pode atender 27,5 mil pessoas ao longo de três meses. Os pacotes contêm antibióticos, antiinflamatórios, antiparasitários, analgésicos, antitérmicos, anti-hipertensivos, ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras, cateteres e seringas, entre outros materiais para atender a população na fase mais crítica após a enchente.
Ações em outros estados – Padilha observou que equipes coordenadas pela FNSUS estão em campo para avaliar as necessidades, incluindo danos nas unidades de saúde e nos serviços de abastecimento de água. “Para o Rio de Janeiro, o único estado onde se registrou danos no abastecimento de água, a Força Nacional do Sistema Único de Saúde também está enviando 15 mil frascos de hipoclorito (cada um, com 50 ml), substância que serve para purificar a água e torná-la própria para o consumo humano”, informou. Os 15 mil frascos correspondem a 750 litros de hipoclorito, que pode ser utilizado em procedimentos de limpeza e desinfecção, especialmente de recipientes de armazenamento de água, na desinfecção da própria água para consumo humano e na higienização de alimentos.
Acesse a página Desastres Naturais, com informações do Ministério da Saúde sobre enchentes.