No Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia, saiba como identificar e tratar a doença
No Centro de Epilepsia do Instituto Estadual do Cérebro, a data é marcada com
decoração especial e participação no Purple Day. De acordo com a Organização
Mundial da Saúde, a doença atinge cerca de 1% da população mundial.
O que tem em comum Machado de Assis, o imperador romano Júlio César, Dom Pedro I e o pintor Van Gogh? Além de serem figuras marcantes na história mundial, todos eram epiléticos. No Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia, celebrado nesta quarta-feira (26), entenda como identificar e tratar a doença, que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge cerca e 1% da população mundial.
No Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, que tem o Centro de Epilepsia, a data será lembrada com decoração especial com balões roxos e profissionais vestidos com uma peça na cor roxa para destacar a importância de conhecer e reduzir o preconceito em torno da doença. Serão também distribuídas flores de lavanda e material educativo. O serviço, inaugurado em julho, já realizou mais de 1,3 mil atendimentos, entre exames, consultas e internações.
Abaixo, o coordenador do Centro de Epilepsia do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, Eduardo Faveret, tira dúvidas sobre a doença:
O que é a epilepsia?
Eduardo Faveret – É uma síndrome caracterizada pela alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, no qual um grupo de células cerebrais se comporta de maneira instável provocando reações físicas conhecidas como crises epiléticas.
O que são crises de epilepsia?
As crises podem durar alguns segundos ou minutos e podem ser acompanhadas por contrações musculares, mordedura da língua, salivação intensa, movimentos automáticos e involuntários do corpo, percepções visuais ou auditivas estranhas e alterações da memória.
Como é o tratamento?
O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos e dieta alimentar que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, principal origem das crises epiléticas. Casos mais graves e resistentes aos medicamentos são tratados com intervenções cirúrgicas.
Como ajudar uma pessoa com crise epiléptica:
• Coloque algo macio sob a cabeça da pessoa para protegê-la de batidas do crânio contra o solo.
• Deite-a de lado para facilitar o escoamento de saliva e a respiração.
• Não coloque nada em sua boca.
• Não tente segurar a língua, pois ela não enrola.
• Não dê nada para beber ou cheirar.
• Não tente conter os seus movimentos.
• Fique a seu lado até que a pessoa se recupere. Algumas pessoas ficam confusas após a crise.
Purple Day – O Purple Day foi criado em 2008 pela canadense de 9 anos, Cassidy Megan, com ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Escócia, com o objetivo de mostrar que as pessoas com epilepsia não estão sozinhas. A menina escolheu a cor roxa para representar a epilepsia por causa da lavanda. A flor de lavanda é frequentemente associada com a solidão que representa os sentimentos de isolamento que muitas pessoas com epilepsia sentem.
– O Purple Day tem importância singular no mundo. No Brasil, o movimento cresce a cada ano, de maneira organizada e ativa. O preconceito ainda faz parte do dia a dia dos epiléticos, por isso é extramente importante aproveitarmos a data para debatermos o assunto – comenta Eduardo Faveret.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br