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No Dia Mundial da Luta Contra Hepatites Virais, Secretaria de Estado de Saúde ressalta que doenças ainda são subnotificadas

Unidade Móvel vai promover testagem rápida para incentivar diagnóstico das doenças em Duque de Caxias

No Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, a Secretaria de Estado de Saúde lança a Semana de Luta contra as Hepatites Virais, com testagem rápida, nos dias 31/07 e 01/08, em Duque de Caxias, numa parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. A Unidade Móvel da SES ficará estacionada nestes dois dias na Praça do Pacificador, das 10h às 17h, com capacidade para realizar 300 testes. A ideia é reforçar a importância do diagnóstico, já que, estima-se, há uma subnotificação de casos. Nos dias 29 e 30/07 haverá vacinação contra os tipos virais da hepatite na sede da Secretaria de Estado de Saúde, localizada na Rua México 128, Centro. A ação acontece das 9h às 16h.

No estado do Rio, entre 2005 e 2013, foram registrados 5.870 casos de hepatite B confirmados e 7.683 casos de hepatite C. Isso está abaixo do estimado, que seria uma taxa de prevalência de 4,3 casos de hepatite B e de 10,1 casos de hepatite C por 100 mil habitantes.

 – A subnotificação é um problema grave, os números estão muito abaixo da expectativa. Nós não conhecemos o número real de portadores de hepatite no estado. Por ser uma doença muitas vezes assintomática, há muita gente que convive com o vírus e não sabe, especialmente o da hepatite B – alerta a coordenadora de Hepatites Virais da SES, Clarice Gdalevici.

As hepatites virais – Existem cinco tipos de hepatites virais: A, B, C, D e E. Elas costumam causar inflamação no fígado e é comum quem está ou esteve doente não saber, pois, por vezes, a doença evolui sem sintomas ou sinais. As hepatites virais são transmitidas por diferentes modos e cada uma pode ser prevenida tomando-se alguns cuidados.

 Os vírus A e E são transmissíveis pela via fecal-oral, ou seja, ingestão destes vírus (água, alimentos e de pessoa a pessoa) e os vírus B/D e C pela via parenteral, (procedimentos perfuro-cortantes com instrumentos contaminados por sangue, produtos hemoterápicos) e vertical (de mãe para filho). As hepatites virais crônicas podem levar a doenças hepáticas como a cirrose e o câncer, após 15 a 30 anos de infecção. Em ambos os casos, o tratamento é o transplante hepático.

Como saber se você está com hepatite C – As hepatite B e C são infecções frequentemente assintomáticas, ou seja, não apresentam sintomas. A maioria das pessoas só descobre que tem (ou teve) hepatite B ou C depois de alguns anos, muitas vezes por acaso, através dos testes sorológicos para esses vírus.

 Apesar de assintomática em muitos dos casos, as hepatites B e C podem causar cansaço, dor no corpo, dor de estômago, olhos e pele amarelada ou urina escura. O doente deve procurar uma unidade de saúde e se submeter a um teste sanguíneo. Apenas o exame de sangue confirma estes dois tipos da doença.

Vacinação – Uma importante forma de prevenção contra a hepatite B é a vacinação. Ela já faz parte do calendário oficial e está disponível nos postos de vacinação para todas as pessoas até 49 anos de idade. A imunização é dividida em três doses, a última sendo seis meses depois da primeira. Vale ressaltar que apenas o esquema vacinal completo é eficaz.

Como se proteger das hepatites virais:

– Coloque em prática o sexo seguro: use camisinha. O caminho mais seguro de prevenir a transmissão sexual de uma doença é usar preservativo.

– Em caso de uso de drogas, não compartilhe canudinhos, seringas e agulhas, pois são possíveis fontes de contaminação.

– Nunca compartilhe objetos que podem conter sangue, inclusive lâminas de barbear, alicates de unha, escovas de dentes, pois são objetos de uso exclusivamente pessoal.

– Ao fazer tatuagem ou piercing, exija material esterilizado corretamente.

– Em caso de transfusão de sangue, assegure-se quanto à origem do produto hemoterápico e se foram realizados todos os testes sorológicos exigidos.

– Faça o teste de hepatite durante o pré-natal. O diagnóstico precoce possibilita prevenção e o tratamento do bebê, no caso da hepatite B, logo após o parto.

Hemorio – A falta de diagnóstico das hepatites virais acaba impactando no número de bolsas de sangue liberadas para transfusão pelo Hemorio porque, por não ter conhecimento da infecção, o indivíduo se candidata à doação, passa pela avaliação inicial e doa sangue. Os exames laboratoriais de triagem da bolsa, no entanto, revelam a infecção viral e a bolsa de sangue é descartada.

 Comparando os dados do 1º semestre de 2013 com os do 1º semestre de 2014, foi registrada queda de 9% no número total de doadores e queda de 25% no número de doadores inaptos sorológicos (doadores cuja triagem identificou doenças como hepatites, HIV e sífilis). Dentre os doadores inaptos, foi observada diminuição no número de casos de hepatite B (41%), porém, houve aumento na reatividade para hepatite C (3%).

 Vale ressaltar que os exames realizados para a triagem sorológica das bolsas de sangue não são definitivos e que os doadores inaptos por causa das hepatites devem buscar uma unidade de saúde para fazer o exame específico para hepatites.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br