NOTA À POPULAÇÃO – Ebola (atualizado em 15/10/2014)
Exclui indivíduos procedentes da cidade de Port Harcourt, na Nigéria, na definição de caso suspeito e atualiza grau de letalidade da doença. Não há caso suspeito ou confirmado da doença no Rio de Janeiro, nem no Brasil
Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro acaba de distribuir nesta quarta-feira (15) nova Nota Técnica às unidades de saúde, atualizando protocolo de atendimento para atenção a pacientes provenientes de países da África Ocidental, sob risco de ebola. Atualmente, os casos de doença pelo vírus ebola foram identificados em Serra Leoa, Libéria, Guiné; tendo sido notificados nestes países, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 8.399 casos e 4.033 óbitos desde o início do ano de 2014. Este é o maior surto da doença no mundo, com letalidade de aproximadamente 48%. A OMS chama atenção, no entanto, para a possibilidade de existência de subnotificação da doença e que, caso não sejam intensificados os esforços mundiais para conter a doença, o vírus ebola pode chegar a contaminar até 10 mil pessoas por semana na África em 2015.
O Rio de Janeiro está trabalhando de acordo com determinações do Ministério da Saúde para manter as unidades de saúde em alerta para a possível identificação de sintomas relacionados ao vírus ebola. Um plano de contingência já foi elaborado em parceria com o Corpo de Bombeiros e Fiocruz. É importante ressaltar, no entanto, que, pelas características da transmissão do vírus, assim como pelo seu comportamento clínico, a possibilidade de disseminação com epidemia para outros continentes no momento atual ainda é baixa.
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Protocolo – Em caso de suspeita de paciente com o vírus, ele será encaminhado pela unidade de emergência em que for atendido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Fiocruz), que é a unidade de saúde de referência para isolamento e início dos cuidados médicos adequados. Trata-se de uma doença de notificação compulsória imediata e deve ser realizada pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a Portaria No 1.271, de 6 de junho de 2014. Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente às autoridades de saúde das Secretarias municipais, Estaduais e à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Treinamento – A Subsecretaria de Vigilância em Saúde do Estado já promoveu treinamento de mais de 200 coordenadores de unidades de urgência e emergência a fim de manter as equipes orientadas quanto aos protocolos de atendimento. Semanalmente, Notas Técnicas são enviadas às unidades de saúde para manter todos os profissionais informados e atualizados. Nas próximas semanas, haverá nova rodada de treinamento com os responsáveis pela Vigilância dos 92 municípios do Rio de Janeiro,.
A doença e sintomas – O Ebola é causado por um vírus e está relacionado à ocorrência de surtos de Febre hemorrágica no continente africano desde 1976. Atualmente, seus casos foram identificados em Serra Leoa, Libéria, Guiné e Nigéria. Nas últimas semanas, entretanto, não foram registrados novos casos na Nigéria.
O período de incubação da doença pode variar de 1 a 21 dias e sua transmissão ocorre somente após o início dos sintomas, por meio do contato direto com sangue e/ou secreções da pessoa infectada (incluindo cadáveres), assim como por contato com superfícies ou objetos contaminados.
São considerados suspeitos pessoas que estiveram em algum dos países citados acima nos últimos 21 dias e que apresente febre de início súbito, acompanhada de sinais de hemorragia.
Notificação – Qualquer caso suspeito deve ser imediatamente notificado para a SES RJ (CIEVS-SES). O Ministério da Saúde também disponibilizou canais de contato para notificação imediata por parte dos profissionais de saúde de casos suspeitos: 0800.644.6645 /notifica@saude.gov.br
DEFINIÇÃO DE CASO
CASO SUSPEITO: Indivíduo procedente, nos últimos 21 dias, de país com transmissão disseminada ou intensa de Ebola (Serra Leoa, Libéria e Guiné) que apresente febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta, gengivorragia, enterorregia, hemorragias internas, sinais purpúricos e hematúria
CASO CONFIRMADO: Caso suspeito com resultado laboratorial conclusivo para Ebola realizado em laboratório de referência.
CASO PROVÁVEL: caso suspeito de viajantes ou profissionais de saúde provenientes desses países e que apresentem histórico de contato com pessoa doente, participação em funerais ou rituais fúnebres de pessoas com suspeita da doença ou contato com animais doentes ou mortos.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br