Obrigado, Rio. Secretaria de Saúde e Hemorio agradecem aos 921 cidadãos que foram doar sangue na Cinelândia

Mês da doação de sangue, novembro está fervilhando de ações para lembrar a população sobre a importância do comparecimento regular a hemocentros a fim de manter os estoques de sangue abastecidos. A Organização Mundial da Saúde recomenda que entre 3% e 5% da população doe sangue regularmente. No Rio de Janeiro, não há nem 2% de doadores regulares. Para isso lembrar a todos, o Governo do Rio de Janeiro, através da Secretaria de Estado de Saúde, preparou uma série de ações de mobilização e conscientização. O ponto alto foi a ação na Cinelândia, que contou com mega estrutura montada para receber com conforto os voluntários do Rio de Janeiro. A mobilização teve a adesão ainda de representantes da Guarda Municipal, da Polícia Militar e de funcionários da Câmara dos Vereadores. E com a animação da bateria da Império Serrano, mostrando que cidadania dá samba.

E cada gesto de cidadania tem nome e sobrenome. Em agradecimento a todos que estiveram no local, a Secretaria de Estado de Saúde separou algumas dessas histórias. São cidadãos como a empregada doméstica Rita de Cássia Câmara, de 51 anos, moradora de Mesquita, que pegou duas conduções e levou mais de uma hora para chegar à Cinelândia. Com um sorriso no rosto, Rita explica a sua motivação:

– Quando soube que haveria coleta de sangue, fiz que questão de participar. Sinto muito orgulho por poder ajudar tantas pessoas que estão precisando.  Ajudar a salvar uma vida não tem preço – diz Rita.

Com apenas 19 anos, o estudante Lucas Monteiro já dá exemplo de cidadania. Ele escolheu a grande mobilização na Cinelândia para fazer a sua primeira doação.

– Não custa nada reservar um tempo para ajudar o próximo doando sangue, mesmo sem conhecer as pessoas que vão receber a doação. Na minha família várias pessoas já fazem isso e sempre incentivo os meus amigos a fazerem o mesmo – relata Lucas.

O taxista Fernando Gomes, de 51 anos, fez da doação de sangue uma prática rotineira há 20 anos. Ele explica o motivo que o leva a ser doador há tanto tempo.

– Toda vez que faço doação de sangue, penso que isso irá ajudar outras pessoas e que todos nós um dia também podemos precisar deste gesto de generosidade – afirma Fernando.

Consciente do seu papel de cidadão, o estudante João Marcos Barros, de 20 anos  foi até a Cinelândia fazer a sua primeira doação.

– Sempre falei para a minha mãe que queria ser doador de sangue e de órgãos. Faço isso porque sei que esse gesto simples pode ajudar muitas pessoas. Estimulo os meus amigos e a minha namorada a também doarem sangue – afirma João Marcos.

A enfermeira Sandra Gomes, de 50 anos, não só compareceu à Cinelândia para doar sangue como trouxe os dois filhos, Daniel e Rebeca, de 19 e 17 anos, respectivamente, para doarem.

– Trabalhando na área de saúde, eu sei quantas pessoas precisam de sangue. Hoje o meu orgulho é maior ainda, pois estou trazendo os meus dois filhos para doarem pela primeira vez. Quero que eles entendam a importância do ato de ajudar o próximo. Doar sangue é um gesto de amor – resume Sandra.

A segundo-tenente Rosaline de Almeida reuniu grupo de soldados do curso de formação da Polícia Militar para irem juntos doar sangue.

– A doação é algo comum entre soldados porque eles têm como missão ajudar o cidadão. Mas esta é sempre uma ação voluntária. Quem quis vir, doou – conta a segundo-tenente Rosaline de Almeida.

Importância da mobilização – A diretora do Hemorio, Clarisse Lobo, explica que ações como essa visam mais do que promover a manutenção dos estoques de sangue que abastecem 180 unidades de saúde no estado. O objetivo é conscientizar as pessoas sobre a importância do ato de doar sangue de forma rotineira.

– O nosso objetivo é que as pessoas reflitam sobre o seu papel como cidadão. O ato de doar sangue é um bem que beneficia toda a sociedade. Hoje, o Hemorio recebe uma média diária de 300 doadores e precisaria de pelo menos mais 100 pessoas para manter o estoque de sangue em uma margem satisfatória – explica Clarisse.

Mais eventos ao longo do mês – Será na sede do Hemorio que vão acontecer palestras e eventos voltados para o público jovem, pensando numa nova geração de doadores, como parte dos programas Clube 25 e Jovem Salva Vidas. A programação inclui ainda apresentação de coral e homenagem aos destaques do ano. A campanha espera receber cerca de 2000 doadores até o dia 28 de novembro.

Caravana do Doador – Além da capital, moradores de Itaboraí e São Gonçalo também terão ações para estimular o hábito da doação. No dia 22, um ônibus sairá do Hospital Prefeito João Batista Caffaro, em Itaboraí, às 8h30, levando funcionários e moradores de comunidades próximas à unidade, à UPA de Itaboraí, às UPAs São Gonçalo I e II e ao Hospital Estadual Alberto Torres até o Hemorio, no Centro do Rio.

No caminho serão distribuídos folhetos sobre a importância da doação de sangue, incentivando aqueles que não possam participar da Caravana a comparecer ao Hemorio em outro dia. Os interessados devem fazer uma inscrição prévia para reserva de vaga na Unidade Transfusional do Hospital Prefeito João Batista Caffaro através do telefone: 3638-4547, ramal 229.

Informações ao doador – Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 68 anos, pesar mais de 50 kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Não é necessário estar em jejum, apenas evitar apenas alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação. O Hemorio funciona todos os dias, das 7h às 18h, incluindo sábados, domingos e feriados, na Rua Frei Caneca, n° 8, no Centro do Rio. Para mais informações, o voluntário deve ligar para o Disque Sangue (0800 282 0708), que esclarece dúvidas e informa o endereço dos outros 26 postos de coleta distribuídos pelo estado.