Oficina de amputados
Conquista dos pacientes é motivo para terapeutas ocupacionais do Into comemorarem o seu dia
São pacientes como Leila de Abreu que mostram como é possível superar adversidades. Depois de um acidente automobilístico, Leila, de 51 anos, sofreu uma amputação do braço. Ela faz parte do grupo de reabilitação do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into) e recebeu no final do ano passado uma prótese mecânica. Leila é também integrante da Oficina de Amputados, realizada no Instituto, duas vezes por semana. A oficina é coordenada pelas terapeutas ocupacionais Marilda Coelho e Sandra Helena Souza, e reúne homens e mulheres que perderam um dos membros, de qualquer faixa etária. Durante o encontro, estes pacientes se reúnem, não só para a confecção de produtos artesanais, mas para realizarem trocas de experiência cotidianas. E a conquista dos pacientes amputados é um motivo e tanto para as terapeutas ocupacionais comemorarem o seu dia, marcado no calendário do Ministério da Saúde para o dia 19.
Nas sessões os pacientes reaprendem simples ações como sentar-se, ficar em pé; aprendem a transferir o peso e a treinar um membro em detrimento ao outro; enfim, são preparados a desenvolver a tolerância ao uso da prótese. Cada integrante tem um histórico diferente. “Eles chegam até o Into por razões variadas, seja por tumores ou traumas decorrentes de acidentes. Também possuem cada qual um comportamento, uma personalidade, um background familiar”, diz Marilda. Em comum, a vontade de superação para se adaptar a um novo estilo de vida. Nessa hora é que a equipe do Into influencia a vida destes pacientes. O tratamento global e integrado de diversos profissionais de áreas diferentes determina o êxito de todo o trabalho de reabilitação. Trata-se de um complexo processo que vai desde a preparação psicológica e física, com fortalecimento da musculatura e exercícios de adaptação, até a prescrição e treinamento do uso da prótese. “O objetivo é capacitar o paciente ao maior aproveitamento de suas potencialidades de forma que ele possa ser independente nas atividades cotidianas. A oficina é parte importante do programa. E o artesanato é mais do que uma fonte renda para alguns: é a prova de que é possível superar barreiras”, ressalta a terapeuta.
FONTE: INTO