Pé diabético: institutos do Governo do Estado se unem para tratar pacientes com esse problema
Iede e Iecac firmam parceria para promover revascularização cirúrgica e evitar amputações, comuns em portadores de diabetes
O Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac) e o Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (Iede), unidades geridas pela Fundação Saúde, firmaram parceria para aprimorar o atendimento de pacientes com problemas vasculares em membro inferior, também conhecido popularmente como pé diabético. Os casos de alta complexidade são tratados em conjunto pelas unidades na tentativa de revascularizar a região através de cirurgia e evitar a amputação do membro.
De acordo com o médico do Iecac, Roberto Young, em muitos casos, é possível fazer a revascularização da região atingida através de procedimentos cirúrgicos, sejam os convencionais (cirurgia tradicional), sejam utilizando técnicas modernas com uso endopróteses, que são menos invasivas.
O Iede faz o acompanhamento ambulatorial preventivo com uma equipe multidisciplinar para evitar lesões de membros inferiores que são comuns em diabéticos. Além das orientações dadas ao próprio paciente, os especialistas prescrevem calçados e palmilhas apropriadas para cada caso. O Iecac, por sua vez, realiza procedimentos vasculares com implantação de stents, que são pequenos tubos de metal flexível para dilatar a artéria e, com isso, vascularizar a área afetada. “Cerca de 20% dos procedimentos são feitos com endopróteses, pois a técnica é menos invasiva e os resultados têm sido mais satisfatórios”, diz Young.
De acordo com o diretor do Iede, Ricardo Meirelles, a unidade faz um trabalho preventivo com os pacientes para evitar o surgimento de lesões. Entretanto, alguns casos se agravam e evoluem para a necrose do membro. “A partir dessa parceria, os pacientes graves serão encaminhados ao Iecac para serem submetidos ao procedimento cirúrgico para revascularizar a área e, consequentemente, evitar a perda do membro”, explica Meirelles.
A amputação é resultado da necrose, ou seja, a morte do membro devido à falta de circulação sanguínea. Os principais sinais são dor intensa seguida de diminuição da sensibilidade e da motricidade da região, pele azulada e depois negra, dores e febre. A expectativa dos especialistas é reduzir, significativamente, o índice de amputação, não só por intermédio da revascularização como também da conscientização dos pacientes e dos profissionais de saúde acerca dos procedimentos que podem ser adotados nos casos de alta complexidade.
*8 coisas que você precisa saber sobre pé diabético
1. Mantenha a taxa glicêmica sob controle e faça exames regulares.
2. Tenha atenção a sintomas como: formigamentos; perda da sensibilidade local; dores; queimação nos pés e nas pernas; sensação de agulhadas; dormência; além de fraqueza nas pernas.
3. Faça exame visual dos pés diariamente e avaliação médica periódica. Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 devem passar, regularmente, por uma avaliação dos pés.
4. Atente para a existência de frieiras; cortes; calos; rachaduras; feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para se ter uma visão completa. E informe sempre seu médico.
5. Mantenha os pés sempre limpos e use sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras.
6. Prefira meias sem costura. O tecido deve ser algodão ou lã. Evitar sintéticos, como nylon.
7. Antes de cortar as unhas, lave-as e seque-as bem. Para cortar, usar um alicate apropriado, ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula.
8. Opte por calçados fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br