Peça de protótipo da Embraer é testada no reator do IEN
O Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear no Rio de Janeiro, está testando em seu reator, por análise neutrongráfica, um componente de segurança do protótipo de um novo modelo de avião de passageiros da Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica. Trata-se de um cordão metálico contendo material explosivo, que é colado em forma circular na fuselagem e, em caso de problemas no voo, pode ser ativado e provocar uma abertura para a tripulação escapar de paraquedas. É utilizado apenas em viagens de teste e sua ignição é ativada por onda de choque proveniente de um iniciador pirotécnico.
“O objetivo da análise é verificar a continuidade do material explosivo dentro do cordel e detectar falhas que interrompam a ignição completa”, informa Carlos Alberto Renke, chefe do Serviço do Reator Argonauta (Serea). Segundo ele, como o revestimento do cordão é de chumbo, que blinda os raios-X, a melhor opção de ensaio não destrutivo é a análise por nêutrons.
O serviço do IEN foi solicitado por apresentar os melhores resultados entre as poucas instalações do país onde são feitas neutrongrafias. “Nosso reator tem uma razão nêutron/gama em seu feixe de irradiação que propicia imagens com maior resolução”, explica Renke. As conclusões do teste servirão de parâmetro no processo de fabricação da peça pela empresa Química Futura, fornecedora da Embraer.
FONTE: CNEN
http://www.cnen.gov.br