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Pré-natal garante uma gestação mais tranquila

Saiba quais exames devem ser realizados durante o pré-natal e por que as consultas periódicas ajudam a identificar problemas de saúde na mãe e no bebê

O termo pré-natal significa “antes do nascimento”. Isso demostra que os cuidados com o bebê devem começar durante a gestação, logo após a descoberta da gravidez. Esse acompanhamento permite identificar e reduzir muitos problemas de saúde que podem acometer a saúde da mãe e do seu bebê. Possíveis doenças e disfunções poderão ser detectadas e tratadas precocemente. 
Caso a mulher desconfie sobre a gravidez, poderá procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua casa para fazer o teste-rápido de gravidez. O teste é feito na hora e o resultado fica pronto em alguns minutos. Caso o resultado seja positivo, a mulher já pode começar o pré-natal e se o resultado for negativo e a mulher desejar prevenir a gravidez, poderá ser orientada sobre os métodos contraceptivos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
“O ideal é a realização de seis consultas durante o período gestacional e uma sétima no puerpério (depois do parto). Durante a realização dos exames de pré-natal a mulher saberá se ela é uma gestante de risco habitual ou de alto risco para o acompanhamento adequado”, explica a coordenadora da área técnica de Saúde da Mulher, Esther Vilela.
Os principais exames realizados durante o pré-natal são: sangue para anemia e outras questões; glicemia, para diabetes; urina, para infecção urinária; tipagem sanguínea, para saber se o sangue da mulher combina com o do pai do bebê; VDRL, para sífilis; alguns sorológicos, para HIV e Hepatite B; eletroforese hemoglobina, para rastrear a anemia falciforme; além da ultrassonografia. O companheiro da mulher também poderá realizar os exames, pois existem doenças, como a sífilis e o HIV, que podem ser adquiridas durante a gestação e transmitidas ao bebê.
REDE CEGONHA – No primeiro ano de funcionamento da estratégia Rede Cegonha, já foram realizadas mais de 20 milhões de consultas de pré-natal. A Rede Cegonha está qualificando e ampliando os serviços de saúde que atendem às mulheres e os bebês. Só para o componente pré-natal, já foram destinados mais de R$ 91 milhões que beneficiaram 3.710 municípios. Na última semana, foram destinados mais R$ 21 milhões para 1.163 municípios (veja aqui a portaria).
As gestantes atendidas no SUS deverão ser cadastradas no Sistema de Monitoramento e Avaliação do Pré-Natal, Parto, Puerpério e Criança (SisprenatalWEB) para ter todas as suas informações concentradas nesse sistema. Ele é o instrumento de monitoramento e avaliação da assistência prestada à gestante e aos recém-nascidos
No total, já foram destinados R$ 3,3 bilhões para execução das ações da Rede Cegonha. Mais de 4.800 municípios já aderiram à estratégia, com a previsão de atendimento de dois milhões de gestantes no país.
OUVIDORIA – Desde maio deste ano, que as mães atendidas pelo SUS estão sendo ouvida pela Ouvidoria da Rede Cegonha. As mulheres são procuradas para que possam avaliar os serviços prestados, desde a descoberta da gravidez até o parto, além do acompanhamento médico da criança até os dois anos. Desde o seu lançamento, a ouvidoria já entrevistou 52.944 mulheres que tiveram seus filhos entre novembro de 2011 e abril de 2012 na rede pública. A pesquisa, realizada por telefone, apresenta 38 perguntas sobre atenção à saúde da mulher no pré-natal, parto, pós-parto e saúde da criança e ainda seis questões relacionadas ao perfil como idade, estado civil, escolaridade e renda familiar.
 
Exames solicitados para acompanhamento pré-natal:
Grupo sanguíneo e fator Rh (quando não realizado anteriormente);
  • Sorologia para sífilis (VDRL)
  • Urina tipo I
  • Hemoglobina e hematócrito (Hb/Ht);
  • Glicemia de jejum
  • Teste anti-HIV com aconselhamento pré-teste e consentimento da mulher
  • Sorologia para hepatite B (HBsAg)
  • Sorologia para toxoplasmose
  • Colpocitologia oncótica, quando houver indicação.

Com a Rede Cegonha, foram acrescidos os seguintes exames:
Teste rápido de gravidez
  • Teste rápido de sífilis
  • Teste rápido de HIV
  • Cultura de bactérias para identificação (urina)
  • Acréscimo de mais um exame de hematócrito, hemoglobina
  • Ampliação do ultrassom obstétrico para 100% das gestantes
  • Proteinúria (teste rápido)
  • Teste indireto de antiglobulina humana (TIA) para gestantes que apresentarem RH negativo

Exames adicionais para gestantes de alto-risco:
  • Contagem de plaquetas
  • Dosagem de proteínas (urina 24 horas)
  • Dosagens de uréia, creatinina e ácido úrico
  • Eletrocardiograma
  • Ultrassom obstétrico com Doppler
  • Cardiotocografia ante-parto

FONTE: Ministério da Saúde

http://www.saude.gov.br