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Prefeitura do Rio amplia número de leitos de UTI com nova coordenação de emergência regional, no Leblon

Nova unidade de atendimento 24 horas terá capacidade para realizar 600 atendimentos diários

A partir desta sexta-feira, dia 6, a população tem mais uma unidade de saúde à sua disposição. A CER Professor Nova Monteiro, que vai funcionar ao lado do Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, tem 57 leitos – 34 deles de UTI – e amplia a capacidade de atendimento intensivo na unidade. Ligada diretamente à Central de Regulação do município, a CER oferecerá ainda diálise e suporte nutricional enteral a pacientes graves.

A primeira CER foi aberta em prédio anexo ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, e contribuiu para desafogar o atendimento na grande emergência da unidade. A CER Professor Nova Monteiro – que ganhou o nome de José Albano de Carvalho Nova Monteiro, médico ortopedista que trabalhou por mais de 55 anos no Hospital Miguel Couto – terá capacidade para realizar 600 atendimentos diários, entre adultos e crianças, de casos de média e baixa complexidade, deixando a emergência do Miguel Couto livre para os casos de alta complexidade.

“A CER Leblon representa mais um passo na reestruturação da rede de urgência e emergência da cidade e oferece serviços para atender as necessidades da zona sul, com oferta de terapia intensiva. Nessa nova fase, separamos os pacientes mais graves dos menos graves, permitindo que o Hospital Miguel Couto se dedique aos casos de maior gravidade e tenha um melhor desempenho”, afirma o secretário municipal de Saúde e Defesa Civil, Hans Dohmann. 

Ainda este ano, serão implantadas mais duas novas CERs, instaladas na Zona Norte e na Barra da Tijuca. Com as CERs, as emergências municipais contarão com mais 194 leitos. As unidades possuem ainda um sistema de regulação próprio que permite o controle, distribuição e acesso aos leitos e serviços da região, garantindo atendimento, internação e exames a quem necessitar.    

Cerca de 530 profissionais – 126 médicos – vão trabalhar na unidade, que terá cinco consultórios, salas de nebulização, sutura, curativos, exames laboratoriais e eletrocardiogramas. A Prefeitura investiu R$ 14 milhões na construção e urbanização do entorno. No telhado do prédio, que tem dois pavimentos, foi montado um jardim suspenso, que contribui para a diminuição do consumo do ar condicionado. Outra medida adotada nesse sentido foi a instalação de breeze soleil nas janelas, um tipo de persiana que possibilita o controle da entrada de luz solar.

Sobre Nova Monteiro: O ortopedista José Albano de Carvalho Nova Monteiro dedicou mais de 55 anos de sua vida ao Hospital Municipal Miguel Couto. Baiano de nascimento, chegou ao Rio aos 12 anos de idade. Formou-se pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1941 e, dois anos depois, começou a trabalhar na SMSDC, no Hospital Barata Ribeiro. No Miguel Couto, foi o primeiro chefe do serviço de Ortopedia e Traumatologia da unidade, dirigido por ele até o fim da vida e batizado com o seu nome depois de sua morte. Também foi diretor do hospital por nove anos não consecutivos. O trabalho e a dedicação do profissional transformaram o Miguel Couto em referência no Brasil inteiro em traumato-ortopedia. Um dos melhores cirurgiões do país, operou três ex-presidentes da República e foi médico particular de um deles, Emilio Médici. Tinha três grandes paixões: o Botafogo, o Jockey Club, do qual foi vice-presidente, e o Miguel Couto. Conheceu a companheira de 60 anos de casamento, Geysa, na piscina do time carioca, onde os dois nadavam. O casal teve dois filhos e frequentava, anualmente, tradicionais corridas de cavalos em Paris e Londres. Ganhou várias condecorações como Ordem de Mérito Médico, Medalhas do Pacificador, Tamandaré, Santos Dumont, Clementino Fraga, Pedro Ernesto, entre outras. Trabalhou no Miguel Couto até os 87 anos, quando faleceu em casa no dia 03 de outubro de 2005.


FONTE: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro