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Programa Estadual de Transplantes bate recorde histórico de doações

Organizações de Procura de Órgãos serão criadas em hospitais da capital e interior

O Programa Estadual de Transplantes (PET), que foi reformulado em 2010 e recebeu novos projetos para aumentar o número de doações, bateu recorde histórico de captação de órgãos, com 121 doadores em 2011. Este ano, o programa pretende captar cerca de 200 doações. Em dezembro, Luís Otávio do Nascimento, de 48 anos, ganhou uma nova vida. O aposentado aguardava na fila de espera por um transplante renal há dez anos.

– Minha expectativa de vida é outra. Não acreditei quando fui comunicado que iria receber o transplante. Quando saí da sala de cirurgia, já senti a diferença. Fiz diálise por 14 anos e sofri muito pensando que morreria sem ver meus filhos crescerem – afirmou Luís, morador de Valença, no Médio Paraíba.

Convênios com hospitais privadosO número de doadores no Estado do Rio aumentou depois que o PET viabilizou uma série de medidas para captar mais doações. O programa contratou 53 profissionais intensivistas, entre eles cirurgiões, anestesistas e enfermeiros, que trabalham na identificação do potencial doador. O governo também firmou um convênio com a Universidade de Barcelona para capacitar 100 coordenadores de transplante e com 29 hospitais e clínicas privadas fluminenses.

– Fechamos 2011 com 50% mais doações do que em 2010, quando o programa recebeu 80 doações. Em 2009 foram apenas 67 – disse o coordenador do Programa Estadual de Transplantes, Eduardo Rocha.

Este ano, serão criadas as Organizações de Procura de Órgãos (OPOs). Instaladas em hospitais do Rio, Volta Redonda, Itaperuna, Petrópolis e Niterói, as unidades contarão com equipes especializadas na identificação, manutenção, captação de órgãos e tecidos para transplante e entrevista familiar.

– O programa viabilizou a remuneração suplementar para os profissionais que realizarem captação e transplante de órgãos. Este ano, vamos instalar um laboratório de preservação de órgãos no Instituto Estadual de Cardiologia – afirmou Rocha.

Disque –Transplante agiliza a captação de órgãosO Programa Estadual de Transplantes também criou um Banco de Olhos em Volta Redonda, em 2010, para aumentar o número de doações de córneas. Em 45 dias de funcionamento, das 88 córneas que estavam disponíveis, 66 foram transplantadas. Até 2013, segundo o coordenador do programa, o objetivo é zerar a fila.

Para esclarecer possíveis dúvidas e agilizar o contato entre os profissionais de saúde e o PET, foi criado o Disque-Transplante, através do número 155. Depois de receber a informação do hospital, a equipe do programa avalia o caso, confirma a morte cerebral e entrevista a família do possível doador.

Depois de autorizada a doação, são realizados exames no doador para verificar o risco de doenças ao transplantado antes da retirada dos órgãos. A distribuição é feita através de critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Os órgãos mais doados no estado do Rio são rins, fígado e córneas, também os mais procurados para transplantes.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br/