Reator nuclear de pesquisas do Ipen vai operar a 5 megaWatt
O reator nuclear de pesquisas IEA-R1 operou durante o último mês de abril a 5 megaWatt, sua potência máxima de projeto. A instalação, que se encontra no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), unidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) em São Paulo, tem operado a 4,5 megaWatt, por 64 horas contínuas. Ampliar a potência significa aumentar o fluxo de nêutrons nas posições de irradiação de amostras, onde são produzidos os radioisótopos para medicina, agricultura, indústria e pesquisa. O uso mais conhecido dos radioisótopos ocorre na medicina, para produção dos radiofármacos usados no diagnóstico e terapia nas áreas de oncologia, cardiologia, neurologia, entre outras.
Nos últimos anos, foram realizadas modernizações em equipamentos e infraestrutura e o reator vem, gradativamente, aumentando a sua potência. Em 2011, o reator operou a 4 megaWatt no primeiro semestre e a 4,5 megaWatt no segundo semestre, durante 64 horas contínuas. A previsão é de que até o final do ano o reator passe a operar à potência máxima de 5 megaWatt.
De acordo com o chefe de operação do IEA-R1, Walter Ricci, as melhorias permitiram continuar atendendo todos os critérios de segurança que uma instalação desse porte exige, garantindo deste modo a satisfação de seus clientes e colaboradores. Ele destaca ainda que além de permitir aumento na produção de radioisótopos, abre-se a possibilidade de que novos projetos sejam propostos.
A operação no mês de abril permitiu que aspectos de segurança, produção e pesquisa fossem reavaliados. O IEA-R1 completa, em setembro, 55 anos de operação contínua, com prestação de serviços à sociedade e à comunidade científica, apoiando pesquisas de alta relevância para o país e garantindo a produção de matéria-prima que ajuda a diagnosticar e tratar doenças, além de melhorar a qualidade de vida de milhões de brasileiros.
FONTE: CNEN