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Secretaria de Estado de Saúde atinge marca de 3 mil cirurgias bariátricas realizadas

Em nove anos, programa de redução de estômago realizado no Hospital Estadual Carlos Chagas aumentou oferta em mais de 2000%. Número foi alcançado no mês em que é celebrado o Dia Mundial de Prevenção da Obesidade

O Programa de Cirurgia Bariátrica do Estado do Rio atingiu, na última semana, a expressiva marca de 3 mil cirurgias realizadas gratuitamente pela SUS. O aposentado Êneo de Lima, de 59 anos, morador de Bangu, realizou o procedimento no Hospital Estadual Carlos Chagas (HECC), em Marechal Hermes.

Único no Brasil a realizar todas as cirurgias por meio de videolaparoscopia na rede pública, o Estado do Rio de Janeiro passou de 20 cirurgias feitas por ano para 480, um aumento de 2.300%. Números que colocam o estado no topo na realização de cirurgias em obesos mórbidos e severos no país. O Número foi alcançado no mês em que é celebrado o Dia Mundial de Prevenção da Obesidade.

Para o coordenador do Programa Estadual de Cirurgia Bariátrica, Cid Pitombo, profissional de referência internacional, o estado promoveu uma mudança radical no acolhimento das pessoas com obesidade mórbida.

– Eram poucas as cirurgias ofertadas e somente pelo método aberto. Implantamos o procedimento no estado com a técnica da videolaparoscopia, que é minimamente evasiva, tem menor risco de infecção, além de permitir o retorno do paciente às funções em 15 dias. Demos um salto de qualidade a milhares de pessoas que recuperaram sua autoestima –  disse Pitombo.

O caminho para a realização da cirurgia 3 mil de Êneo de Lima foi escrito por  superação e um novo amor. Em 2014, ele entrou no programa pesando 250 kg, mas devido a problemas familiares não pôde dar continuidade. Quatro anos depois, Êneo retornou ao tratamento e perdeu cerca de 40kg. Nessa volta ao programa, ele se apaixona por uma paciente também operada e ganha mais um incentivo para seguir em frente. O presente foi a cirurgia que comemorou 3 mil procedimentos gratuitos na rede estadual de saúde.

Para o cirurgião Cid Pitombo, os benefícios da operação são muitos.

– A obesidade leva a doenças graves e a cirurgia proporciona ao paciente autonomia, que inclui qualidade de vida, poder escolher uma roupa, fazer sua higiene pessoal e ser aceito na sociedade – enumera o coordenador de programa, que tem nove anos de existência.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br