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Secretaria de Estado de Saúde realiza iniciativa inédita para capacitação de doulas

Projeto piloto formou 40 profissionais que darão apoio a mulheres grávidas nos Hospitais Estaduais da Mãe, da Mulher e Rocha Faria

Foto: Mauricio Bazilio/SESProporcionar apoio, carinho e suporte emocional é uma das atribuições das doulas, profissionais que podem ainda ensinar medidas de conforto físico através de massagens, técnicas de respiração e sugestões de posição e movimentos para ajudar mulheres na hora do parto. Com o objetivo de oferecer mais esta iniciativa voltada para a humanização do atendimento, a Secretaria de Estado de Saúde está capacitando, pela primeira vez, doulas e educadoras perinatal, que vão atuar como voluntárias nos Hospitais da Mãe, em Mesquita, da Mulher, em São João de Meriti, e Rocha Faria, em Campo Grande, na capital fluminense.

A intenção da equipe de Humanização da SES é levar afeto e apoio às mulheres em trabalho de parto e seus familiares, colaborando ainda no contato com a equipe médica. As doulas podem estar continuamente ao lado da parturiente, provendo encorajamento e tranquilidade, com palavras de reafirmação e incentivo. Além disso, após a participação no curso, as profissionais poderão exercer a profissão, já que o registro é reconhecido pelo Ministério do Trabalho.

–  Esta capacitação veio para somar com todo o trabalho de humanização que está sendo feito nas nossas unidades. Queremos que a parturiente seja acolhida e se sinta segura neste momento tão especial na vida de uma mulher. Este projeto também tem um caráter social, pois essas mulheres vão receber um registro profissional, com reconhecimento do Ministério do Trabalho, o que possibilitará o exercício da profissão – afirma Ana Roberta Pires, coordenadora do projeto.

Além do suporte emocional, o curso ensina as doulas a oferecer medidas de conforto físico através de massagens, relaxamentos, técnicas de respiração, banhos e sugestão de posições e movimentações que auxiliem o progresso do trabalho de parto e diminuição da dor e desconforto. As profissionais ainda podem atuar como uma ponte de comunicação entre a mulher, sua família e a equipe de atendimento, fazendo os contatos que a mulher desejar.

Sulamita de Andrade Leôncio, 26 anos,  sempre quis ser doula e teve a certeza da vocação quando percebeu a importância do apoio emocional no trabalho de parto da sua primeira filha, Heloísa.

– Quando eu descobri a gravidez, comecei a pesquisar tudo sobre o assunto e conheci o trabalho das doulas e o parto humanizado. Eu tive esse apoio durante o meu pré-natal e foi muito importante. Quero colocar em prática tudo que aprendi no curso para levar conforto e carinho para outras mulheres – contou ela.

Márcia Regina de Oliveira Salgueiro da Silva, 43 anos, estava em franco trabalho de parto do seu filho Lucas, na sala de pré-parto do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, quando conheceu pela primeira vez o trabalho das doulas.

– É um trabalho muito especial. Mesmo sendo mãe de duas meninas, ainda não conhecia a atuação das doulas. Na hora da contratação, você se vê sozinha. Ter uma pessoa ao seu lado é reconfortante e ajuda muito, não tem nada melhor do que as massagens – contou Márcia.

Curso –  Com 80 horas, a primeira edição do projeto capacitou 40 mulheres que irão trabalhar como voluntárias na rede estadual de saúde. Além de aulas práticas, elas  tiveram aulas expositivas e audiovisuais sobre o assunto, exposição dialogada, estudo dirigido, roda de conversa, atendimento individual e trabalhos em grupo. O curso termina nesta terça-feira, 31/3. Todas as alunas são voluntárias e são moradoras da região onde estão localizados os Hospitais Estaduais da Mãe, em Mesquita, da Mulher, em São João de Meriti e Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste da capital. O curso aconteceu em parceria com as ONGs Rehuna e Parto com Respeito.

FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br