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Secretaria de Saúde vai analisar água dos abrigos em Caxias e Angra pra evitar proliferação de doenças

Estão previstas ainda outras ações para ajudar Caxias como vacinação contra tétano, capacitação de equipes para identificação precoce de doenças e envio de ambulâncias 4×4

Equipe da Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde, fará a análise da qualidade da água nos abrigos em Duque de Caxias e Angra dos Reis. O Laboratório Central Noel Nutels (Lacen) será responsável pela análise do material coletado. O objetivo é evitar a proliferação de doenças como hepatite A, leptospirose e diarreia, transmitidas através da água contaminada.

Ações complementares – Outras ações estão programadas para apoiar os municípios afetados. Capacitação das equipes de saúde das Prefeituras para identificação precoce das doenças relacionadas à água, envio de ambulâncias 4×4 do SAMU que foram doadas pelo Ministério da Saúde para serem utilizadas em locais onde as ambulâncias convencionais não conseguem chegar por conta das enchentes e vacinação da população contra tétano são algumas delas. Quando as águas baixarem, serão convocados os Guerreiros Contra Dengue, que reúnem voluntários, agentes de endemia e funcionários da Secretaria de Estado de Governo que vão atuar em um grande mutirão de limpeza, localizando focos do mosquito, aplicando larvicidas, recolhendo inservíveis e distribuindo guias de combate à dengue à população.

Pontos de atenção – Enchentes como as ocorridas em Caxias trazem para o Estado outras preocupações além dos danos materiais e ambientais. Entre elas estão doenças que costumam afetar a população dessas localidades no período pós-chuvas, comoa leptospirose. Transmitida na grande maioria das vezes pela urina de ratos, a doença costuma ter alta ocorrência quando as pessoas começam a limpar suas casas e têm contato com a água e a lama contaminadas pela bactéria leptospira. Nesse momento, pode ocorrer maior concentração dessa bactéria, aumentando o risco de transmissão.

Já a hepatite A é altamente contagiosa e a transmissão acontece através do contato com alimentos ou água contaminados. A higiene precária, comum nos abrigos, ajuda a disseminar o vírus da doença. Os sintomas da hepatite A começam 30 dias após o contágio e incluem febre baixa, fadiga, mal estar, perda do apetite, sensação de desconforto no abdome, náuseas e vômitos.

Outras doenças decorrentes das chuvas – Doenças como catapora e meningite também são comuns em situações de enchentes. Ambas transmitidas por via respiratória, se tornam ainda mais contagiosas em ambientes fechados, caso dos abrigos. A catapora é altamente infecciosa e é transmitida através do espirro ou tosse ou pelo contato com a pele infectada do doente. Já a meningite é transmitida pelo contato com saliva ou gotículas de saliva da pessoa infectada e, no caso da meningocócica, tem evolução muito rápida, podendo levar à morte em poucos dias se não tratada rapidamente. Os sintomas mais comuns são febre alta, fortes dores de cabeça, vômitos, rigidez no pescoço, moleza, irritação, fraqueza e manchas vermelhas na pele, que são inicialmente semelhantes a picadas de mosquitos.

No site Rio com Saúde (http://www.riocomsaude.rj.gov.br) é possível obter informações sobre as principais doenças decorrentes de enchentes.


Estado envia kit calamidade – Nesta quinta-feira (3), a Secretaria de Estado de Saúde foi contatada pela Prefeitura de Duque de Caxias e está liberando ao município um kit calamidade e 5 mil frascos de hipoclorito de sódio para atendimento à população afetada pelas chuvas. O hiplocorito é fundamental para a desinfecção da água para consumo humano. Cada kit tem capacidade para atender 500 pessoas e contém medicamentos para a atenção básica, antibióticos, hipoclorito de sódio e álcool, entre outros itens. Três kits calamidade estão sendo enviados também à Região Serrana por determinação do secretário de Estado de Saúde, Sérgio Côrtes. Os municípios de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis estão em estado de alerta por conta das chuvas. Além disso, para facilitar e agilizar o contato para apoiar as prefeituras, que estão com equipes recém-empossadas, haverá um subsecretário e um superintendente da Secretaria de Estado de Saúde responsáveis por cada um dos municípios, que incluem, além da Região Serrana, Angra dos Reis e Duque de Caxias.

Orientações à população – Estão sendo enviados à Caxias ainda 50 mil folhetos com orientações sobre proteção à saúde em caso de enchentes e alagamentos, 10 mil com procedimentos em casos de chuvas fortes e 5 mil cartilhas com dicas de prevenção à leptospirose.


FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro