Sinais de alerta aparecem na maior parte dos casos de mortes por dengue
Febre, dores de cabeça, no corpo e nas articulações são alguns dos sinais e sintomas mais conhecidos da dengue. No entanto, os chamados sinais de alerta seguem sem receber a merecida atenção. A Secretaria de Estado de Saúde constatou que, na maior parte das mortes de vítimas da doença, estes sinais apareceram em algum momento, mas demoraram a ser associados ao agravamento da doença.
Infelizmente é comum que, uma vez sem febre, o paciente acredite já estar curado e deixe de ter um acompanhamento médico sistemático, com os cuidados que seu estado clínico requer. É, então, que a dengue avança de maneira abrupta e coloca a vida do paciente em risco.
Entre os sinais e sintomas mais comuns nas vítimas da doença estão queda abrupta de plaquetas com hemoconcentração, dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sonolência. Mas outros sintomas como confusão mental, dificuldade respiratória, pele pálida, fria e úmida, sede excessiva e boca seca, pulso rápido e fraco, além de perda de consciência também são indícios de que o estado de saúde do paciente se agravou.
Cuidados – Pacientes com outras comorbidades como diabetes e hipertensão devem ter o cuidado redobrado. Beber muito líquido e se manter de repouso até o final do período indicado pelo médico são alguns dos cuidados essenciais para evitar o avanço da dengue e ter uma boa recuperação.
Essas medidas devem ser tomadas mesmo que o paciente comece a se sentir melhor e tenha uma falsa sensação de que está curado, atrapalhando o tratamento e permitindo a progressão da doença. Por isso, é fundamental que os profissionais de saúde orientem todos os pacientes sobre os sinais de alerta; o paciente, ao perceber algum destes sinais, procure imediatamente o serviço de saúde; todo paciente com dengue seja regularmente reavaliado ao longo do período da doença.
Casos de dengue em 2012 – Durante as duas primeiras semanas epidemiológicas de 2012 (de 1º de janeiro a 14 de janeiro) foram notificados 856 casos suspeitos de dengue no Estado do Rio de Janeiro. Nesse período, nenhum óbito foi registrado. Ressaltamos que os números acima foram compilados pela Secretaria de Estado de Saúde a partir de dados inseridos no sistema pelos municípios até às 14 horas desta terça-feira, 17 de janeiro.
Campanha 10 Minutos Contra a Dengue – A campanha foi lançada pela Secretaria de Estado de Saúde como o tom do alerta para evitar o alarme neste verão, sendo uma importante ferramenta de conscientização para a necessidade de todos se engajarem no combate ao foco do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. O objetivo é estimular a população a investir 10 minutos por semana para eliminar possíveis criadouros em suas casas, já que o ambiente doméstico concentra 80% dos focos.
Rio Contra a Dengue na internet – O site do programa da Secretaria de Estado de Saúde traz todas as informações sobre a campanha dos 10 Minutos Contra a Dengue como folhetos explicativos, a lista de ações que devem ser feitas semanalmente, tirinhas do personagem Mosquiteiro, espaço para marcar a data em que o morador fez a vistoria em casa e muito mais. O material foi produzido também para que gestores municipais tenham a opção de fazer o download do folheto e distribuir para a população. O endereço do site é http://www.riocontradengue.com.br/. Nas redes sociais, é possível também fazer a sua parte, seguindo o http://perfilwww.twitter.com/
10 pontos de prevenção:
1. Manter a caixa d’água totalmente vedada e virar os baldes com a boca para baixo
2. Remover folhas, galhos e tudo que possa acumular água nas calhas
3. Galões, tonéis, poços, tambores e barris de água para consumo devem ser totalmente vedados
4. Guardar os pneus sem água e em lugares cobertos. Garrafas devem estar vazias e sempre com a boca para baixo
5. Manter ralos limpos e com uma tela para não formar criadouros
6. Verificar se as bandejas de ar-condicionado estão limpos e sem acúmulo de água. Bandejas de geladeira também podem se tornar criadouros para o mosquito
7. Encher e verificar semanalmente vasos sanitários fora de uso ou de uso eventual
8. Esticar bem as lonas usadas para cobrir objetos ou entulho para não formar poças d’água
9. Limpar e tratar piscinas e fontes com produtos químicos específicos
10. Plantas como bambu, bananeiras, bromélias, gravatás, babosa, espada de São Jorge e outras semelhantes também podem acumular água
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br/