Tampinhas de garrafas pet, restos de pontas de lápis e pedaços de borracha viram brinquedo para crianças da Pediatria do Into
Material que iria para o lixo é transformado em palhacinhos, que são distribuídos às crianças internadas na Pediatria do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into). Os bonecos são confeccionados com tampinhas de garrafas pet, pedaços de material emborrachado, restos de pontas de lápis e outros materiais recicláveis. A ideia de utilizar o trabalho artesão é da dupla de voluntárias do Into, Denise Marques de Oliveira e Glória Diaz, professoras do ensino fundamental. Os bonecos chamam a atenção da criançada pelo colorido, criatividade e manuseio fácil.
Os adultos e funcionários também gostaram do brinquedo, que já foi utilizado nas atividades de recreação do Voluntariado e nas brincadeiras de bingo realizadas nas enfermarias. Algumas enfermeiras já se interessaram em levar o modelo para outras unidades de saúde em que trabalham, diz Alexsandra Araújo, uma das coordenadoras da equipe de Voluntariado do Instituto. O paciente Thiago Forjan Lins, de sete anos, do Paraná, realizou uma cirurgia na mão e gostou bastante do brinquedinho. O menino associou seu formato aos bonecos de super herói. Logo o batizou de “super garrafa”. Segundo Alexsandra, o material é confeccionado por vários voluntários em suas casas. Em média são produzidos dez palhacinhos por mês.
IDEIA – “O bonequinho ganhou vida na unidade”, conta Denise, ao ver o trabalho artesão feito por uma amiga. Então, logo compartilhou sua vontade com a parceira Glória, que mobilizou seus alunos do Colégio Fernandes Bittencourt, localizado em Triagem, na arrecadação do material reciclável. A sensibilização dos estudantes foi imediata, principalmente quando souberam que seria para as crianças internadas no Into. “Eles até aumentaram a contribuição, juntaram outros brinquedos que não mais usavam e doaram para a unidade, disse Gloria. Essa consciência de humanização e sustentabilidade social e ambiental dos alunos vem sendo trabalhada em sala de aula em vários tipos de atividades do colégio”, expõe a voluntária.
