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Trabalhadores do Rock in Rio começam a usar proteção auditiva após Vigilância Sanitária exigir

Órgão também encontrou problemas nas áreas de uso comum da força-tarefa do evento

Todas as pessoas que trabalham próximas aos palcos no Rock in Rio começaram a usar, nesse sábado, fones  de proteção auditiva, depois da Vigilância Sanitária constatar que estavam sendo expostos a níveis altíssimos de decibéis, o que pode provocar a morte de células do ouvido e perda auditiva irreversível.

No primeiro dia do evento, equipes da área de Saúde do Trabalhador constataram que trabalhadores dos estabelecimentos e da força-tarefa do evento estavam sendo expostos a picos de até 105 decibéis, por até 10 horas constantes de trabalho. Nesses casos, o permitido pela legislação é de até 85 dB. A inspeção foi de cunho orientativo, no primeiro dia do evento.

Na noite desse sábado, as equipes voltaram ao local e constataram que várias empresas seguiram as orientações e providenciaram fones especiais com atenuação específica e com certificado de aprovação. No entanto, houve uma empresa que não cumpriu o que foi orientado e, por isso, foi aplicada uma multa de dois mil reais.

Situação degradante nas áreas de uso comum

As equipes de Saúde do Trabalhador e Engenharia também verificaram as condições do local de uso comum da força de trabalho do evento e encontraram casos degradantes. Os sanitários e vestiários usados pelos seguranças, equipe de apoio e por todos os trabalhadores que fazem o evento acontecer, que são de empresas terceirizadas pela organização do evento, estavam sem manutenção de limpeza, com condições de higiene precárias e sem água.

Os técnicos também constataram   riscos no local em que foi instalado o espaço de uso comum, por conta da falta de segurança na circulação das pessoas. Um dos problemas foi o livre acesso a um local com piscina sem iluminação e ausência de avisos de proibição de acesso, o que pode levar os trabalhadores desavisados a entrarem no local e se acidentarem. Também há um livre acesso às salas de geradores elétricos que deveriam estar fechadas e controladas, pelo risco iminente de alguém ser eletrocutado ou causar um dano maior aos frequentadores do evento por um uso inadvertido do espaço.

FONTE: Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro
http://www.rio.rj.gov.br/web/smsdc