UPAs batem a marca de 18 milhões de atendimentos
Os números expressivos não param por aí. Mais de 124 milhões de medicamentos foram distribuídos à população nessas unidades e cerca de 16 milhões de exames laboratoriais e de raios-x realizados
Dois meses depois de completar seis anos, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) acabam de bater a marca de 18 milhões de atendimentos. Criadas para ajudar a reduzir o grande fluxo nas emergências dos hospitais, as unidades têm cumprido seu papel, alcançando taxa de resolutividade dos casos atendidos superior a 99%, ou seja, menos de 1% desses 18 milhões de atendimentos precisaram ser removidos para outra unidade de saúde. Os números expressivos não param por aí. Mais de 124 milhões de medicamentos foram distribuídos à população nessas unidades e cerca de 16 milhões de exames laboratoriais e de raios-x realizados.
As 52 UPAs inauguradas até hoje no estado totalizam 208 leitos em salas de cuidados intensivos, 680 em salas de cuidados semi-intensivos e 413 consultórios. Quem procura o serviço também conta com atendimento de pediatria, odontologia e clínica médica, além de exames laboratoriais, raios-X, sutura, gesso, medicação e nebulização.
Parte dos 18 milhões – Coordenadora de enfermagem da UPA Campo Grande I, Carla Dantas, de 38 anos, pode dizer que fez parte desses 18 milhões de atendimentos. Ela se dedica às UPAs há 5 anos, tendo trabalhado nos dois primeiros na UPA Campo Grande II. Carla gosta do que faz e, durante esse tempo, fez amigos e aprendeu muito com a rotina dinâmica de atendimento dessas unidades.
– Trabalho com uma equipe unida e isso faz toda a diferença. O atendimento nas UPAs tem que ser rápido e acho que correspondemos. Ontem, por exemplo, tivemos seis pacientes na sala vermelha e à medida que transferíamos esses pacientes, a equipe já estava preparada para receber outros que vieram, fora os leitos que rapidamente eram preparados. Isso só mostra a dinâmica em todas as instâncias nas UPAs, que salva muitas vidas.
Sobre a recente marca batida pelas unidades, a enfermeira nem fazia ideia da dimensão da grande quantidade de atendimentos, mas mostrou satisfação.
– Eu faço parte desses 18 milhões. Tenho ajudado fazendo os atendimentos, acompanhando pacientes, vendo o crescimento de crianças que vêm à UPA e recebendo a visita dos pais para agradecer pelo acolhimento. É uma alegria trabalhar aqui, tenho orgulho de fazer parte disso – conta a enfermeira.
Atendimento em casos de infarto e AVC – Para ampliar ainda mais a qualidade no atendimento de emergência nas UPAs, a Secretaria de Estado de Saúde criou o projeto PAP-RIO que, em parceria com o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), encaminha pacientes das UPAs vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio ao instituto para serem submetidos à angioplastia primária com implante de stent, tratamento de ponta disponível em poucos hospitais do país. Por enquanto, participam do projeto as UPAs Copacabana, Tijuca, Botafogo, Engenho Novo e Penha.
Outro projeto que vem ajudando pacientes atendidos nas UPAs é a aplicação de trombolítico, procedimento não invasivo indicado para casos de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Os pacientes que dão entrada nas unidades de pronto atendimento com sintomas do problema são avaliados remotamente pela Central de Neurologia do Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), que funciona 24 horas, e, caso tenham o perfil de tratamento com trombolítico, são transferidos para o hospital. Na maioria dos casos, as sequelas são revertidas ou diminuídas significativamente.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br