UPAs batem a marca de 24 milhões de atendimentos
Número equivale às populações do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo e Distrito Federal somadas. Mais de 20 milhões de exames foram realizados e 166 milhões de medicamentos foram distribuídos nas 55 unidades
No inicio do ano, a Secretaria de Estado de Saúde comemorou a marca de 21 milhões atendimentos realizados nas 55 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) construídas pelo Estado. Nesta quinta-feira (28), seis meses depois, já foram contabilizados mais de 24 milhões de atendimentos reforçando o sucesso do projeto criado em 2007. O número total é significativo: ultrapassa a população do Rio de Janeiro, mais os estados de Espírito Santo, Mato Grosso e Distrito Federal. O modelo implantado para contribuir com o atendimento de urgência e emergência – reduzindo a procura pelos hospitais-gerais para a assistência de casos de menor complexidade – demonstra eficiência desde quando foi inaugurada a primeira unidade. Atendendo a população de diferentes municípios, as UPAs têm alto índice de resolutividade; em menos de 1% dos casos o paciente precisou ser transferido. As UPAs já realizaram mais de 20 milhões de exames, mais de 1 milhão de atendimentos odontológicos e distribuíram cerca de 166 milhões de medicamentos.
O que tem na UPA? – Dentro dos serviços disponíveis nas UPAs estão as especialidades de clínica médica e pediatria, odontologia, exames laboratoriais e de raio-x, sutura, gesso, medicação e nebulização. Importante lembrar que nenhuma UPA oferece a especialidade de ortopedia. Portanto, se este for o caso, o paciente deve procurar um hospital-geral. (Veja aqui os endereços dos hospitais da rede estadual).
Do RJ para o mundo – As UPAs são encontradas em todas as macrorregiões do estado do Rio de Janeiro. Devido ao sucesso do modelo, as unidades também têm sido replicadas pelo território nacional, fazendo parte das ações do Governo Federal para a saúde pública. O projeto também foi importado fora do país.
Ampliação do acesso à urgência e emergência – Uma das principais portas de entrada de pacientes na rede pública de saúde são as grandes emergências. Em 2006, antes da existência das UPAs, as emergências dos hospitais fizeram 945 mil atendimentos, o equivalente a 2,5 mil por dia. Em 2012, por exemplo, os hospitais e as UPAs fizeram, juntos, 3,66 milhões de atendimentos, o que dá média de mais de 10 mil atendimentos por dia; quatro vezes a mais que em 2006; evidenciando que as UPAs foram fundamentais para a ampliação do acesso da população à saúde pública.
Mudança de cultura – A superintendente de Unidades Próprias da Secretaria de Estado de Saúde, Valéria Moll, afirma que a criação das UPAs provocou uma mudanças de comportamento na população, que às vezes não conseguia atendimento e acabava optando pela automedicação.
– Lembro que quando fui coordenadora da primeira UPA, a da Maré, conheci uma senhora, que me agradeceu muito porque tinha ido ao médico pela primeira vez em 60 anos de vida. De acordo com a senhora, ela nunca conseguia ser atendida e sempre acabava se automedicando. Com a criação das UPAs, essa cultura acabou mudando, uma vez que todos podem ter acesso a atendimento de emergência de qualidade – , recorda Valéria Moll.
FONTE: Governo do Estado do Rio de Janeiro
http://www.saude.rj.gov.br